Crucificação de Jesus: prisão, julgamento, tortura, morte e mais!

Crucificação de Jesus: prisão, julgamento, tortura, morte e mais!

Jesus Cristo influenciou toda uma civilização com a sua história. Descubra mais sobre o julgamento que o levou a sua crucificação clicando aqui!


Como foi a crucificação de Jesus?

Imagem de jesus crucificado.

Jesus Cristo é uma figura marcante para a história de toda a humanidade. Foi um grande profeta e, para os cristões, é o filho de Deus. Sua passagem pela Terra é tão significativa que o calendário ocidental inicia a contagem após o seu nascimento.

E um dos momentos mais marcantes da sua história foi a sua crucificação. A crucificação e a ressurreição de Jesus revelaram ao mundo a misericórdia de Deus e o seu amor por toda a humanidade. Nesse artigo iremos explicar detalhadamente a história de Jesus, como ocorreu a sua crucificação e o significado desse ato.

História de Jesus Cristo

Jesus ajoelhado.

A história de Jesus traz inúmeros aprendizados para nós. Ela é relatada, principalmente, nos quatro Evangelhos do Novo Testamento que foram escritos pelos discípulos Mateus, Marcos, João e Lucas.

Nesses livros podemos descobrir mais sobre o nascimento, infância, juventude e vida adulta de Jesus. Acompanhe para saber mais!

Nascimento de Jesus

Jesus de Nazaré nasceu no ano 6 a.C. na cidade da Judeia em Belém. Filho do carpinteiro chamado José e de sua mãe Maria. O seu nascimento aconteceu no dia 25 de dezembro, nesse dia era comemorado pelos romanos a noite mais longa do solstício de inverno para aquela região.

O seu nascimento aconteceu em Belém devido a uma regra romana imposta pelo Imperador Augusto, obrigando os súditos a se registrarem na sua cidade de origem. A família de José era natural de Belém, por isso ele teve de retornar para a cidade levando Maria ainda grávida.

Nos relatos de Mateus, José já tinha consciência de que o bebê que Maria possuía em seu ventre era concebido pelo Espírito Santo. Além disso, houve a presença dos três Reis Magos conhecidos por Belchior, Gaspar e Baltazar, eles haviam seguido uma estrela que o levaram até Belém, presenciando assim o nascimento de Jesus.

Infância e Juventude

Herodes, o Grande, era rei do território de Jerusalém. Ciente de que o "Filho de Deus" havia nascido, ele anuncia uma sentença de morte para todas as crianças nascidas em Belém e que tivessem até 2 anos de idade. Logo, para proteger o seu filho, José busca refúgio no Egito e depois fixa moradia em Nazaré, na região da Galileia.

A infância e juventude de Jesus se passam em Nazaré. Tendo feito uma peregrinação com sua família para Jerusalém aos seus 12 anos para celebrar a páscoa judaica. Ao retornarem das celebrações, Maria e José não encontram Jesus. Logo, iniciaram uma busca que durou 3 dias, foi quando encontraram discutindo com os sacerdotes no Templo de Jerusalém.

Aos 13 anos, acontece o ritual bar mitzvah, que demarca a maioridade de Jesus. Sendo o mais velho dos seus 4 irmãos, era considerado o primogênito da família, assumindo assim uma responsabilidade fraterna pela sua família até aos seus 20 anos.

Batismo de Jesus

Jesus Cristo passa a seguir a seita dos essênios, se dedicando de corpo e alma ao culto religioso. Os essênios acreditavam em um Deus único ao qual chamavam de "pai", além disso, eles viviam sem acumular nenhum tipo de bens. Jesus assumia assim um regime de pobreza voluntária até o seu encontro com João Batista 10 anos depois.

João Batista pregava em suas palavras mensagens de transformação e de redenção. Usando o batismo como forma de purificação. A todos que se voluntariaram a ser batizados deveriam confessar os seus pecados e fazer votos de honestidade.

A sua mensagem coincidia com o que Jesus Cristo acreditava, ele pede então para ser batizado por João. Foi no rio Jordão que Jesus foi purificado, depois disso ele segue decidido para pregar e operar os seus milagres.

Milagres de Jesus

Em suas peregrinações, ele consegue convencer muitas pessoas a segui-lo como seus discípulos. Jesus toma conhecimento da morte de João Batista pelo Rei Herodes, então ele decide seguir para o deserto junto com o seu povo.

Em um determinado momento de sua peregrinação muitos seguidores ficam com fome. Jesus com apenas 5 pães e 2 peixes opera o seu primeiro milagre, conhecido por milagre da multiplicação, quando ele multiplica os pães e os peixes e salva uma multidão de seguidores da fome.

O que era a crucificação?

Jesus sofrendo na cruz.

A crucificação é uma prática de tortura e assassinato relativamente comum naquela época. O método cruel era usado para punir ladrões, assassinos e todos aqueles que descumprissem as leis. Sua origem remonta à Pérsia, mas foi bastante utilizada pelos romanos. Nesta seção você entenderá melhor como funciona essa técnica.

Origem persa

A crucificação era uma pena de morte cruel e humilhante aos quais os presos eram submetidos. Os persas penduram os seus criminosos com os braços presos sem a utilização da cruz.

Adotada pelos romanos

A crucificação romana era uma pena capital aplicada apenas aos criminosos, desertores do exército e gladiadores. Era o tipo de punição proibida para qualquer cidadão romano. Diferente dos persas, os romanos inseriram a cruz nessa forma de execução. Geralmente, os criminosos tinham os seus braços abertos, presos por cordas, ou pregados, à cruz.

Como funcionava

A crucificação era feita de modo a causar uma morte lenta e agonizante. Os criminosos tinham suas mãos, ou pulsos, pregados na madeira. Depois eram amarrados na viga, aumentando a sua sustentação. Enquanto isso, os pés, deveriam ser também pregados na altura dos calcanhares.

Os ferimentos e o sangramento debilitavam a vítima e causavam uma dor excruciante. A posição das vítimas e os ferimentos dificultava a respiração devido a força da gravidade. Todo esse processo de execução poderia demorar dias. Geralmente, pelo cansaço abdominal as vítimas costumavam morrer por asfixia.

Como aconteceu a crucificação de Jesus

Via crucis.

Cada detalhe da crucificação de Jesus é importante e carrega muito significado. Afinal, desde a noite anterior a sua morte Jesus já estava seguindo os propósitos divinos e passando as últimas mensagens em vida.

Continue a leitura e descubra detalhadamente como ocorreu a crucificação de Jesus Cristo e entenda essa expressão magnífica do amor de Deus.

A última ceia

Foi em uma celebração da páscoa com os seus apóstolos que Jesus anunciou que seria traído por um deles, Judas Escariotes. Nessa mesma noite, no Monte das Oliveiras, Jesus seguia para Getsêmani para orar em companhia de Tiago, João e Pedro. No dia seguinte, a traição se concretiza, Judas entregou Jesus por 30 moedas de prata e um beijo na testa.

A prisão de Jesus

Jesus é capturado pelos soldados romanos. Em seu julgamento ele é acusado por desordem, insubordinação e por blasfêmia, pois ele era tido como filho de Deus e Rei dos Judeus. Por ter nascido em Belém, ele deveria ser transferido para Galileia para ser punido pelo seu governante, Herodes Filho.

O apóstolo Pedro ainda tentou impedir que Jesus fosse levado preso dali, chegando a reagir contra os sacerdotes, cortando a orelha de um dos seus servos. Entretanto, ele é repreendido por Jesus que se diz comprometido com as escrituras e pelo decreto de Deus.

Jesus perante o Sinédrio

Após ter sido preso, Jesus foi encaminhado até o Sinédrio. Lá aconteciam as assembleias relacionadas à jurisdição, religião e política. Por não ter cometido nenhum crime plausível, o Sinédrio não estava conseguindo formular sua acusação. Ele acabou sendo condenado sob falso testemunho, contrário às leis da época.

Mas, foi principalmente pela afirmação de Jesus ao Sumo Sacerdote do Sinédrio que ele foi acusado também por blasfêmia. Por se considerar o filho de Deus, aquele que irá libertar a humanidade.

O julgamento de Jesus

Após o Sinédrio conseguir uma acusação formal sobre o caso de Jesus, ele foi entregue para o governador romano daquela região, conhecido por Pôncio Pilatos. Foram feitos diversos interrogatórios, sendo até mesmo torturado pelos soldados, mesmo assim Jesus se manteve calado.

Após diversas tentativas, Pilatos resolveu seguir um formato de justiça similar ao júri popular. Foi então que ele propôs ao povo da Galileia que escolhesse entre a crucificação de Jesus e um criminoso conhecido como Barrabás. O povo exigiu que Jesus fosse crucificado.

A tortura de Jesus

Momentos antes de ser julgado pelo povo, Jesus teve de suportar diversas torturas dos soldados. Sendo até mesmo açoitado antes e durante a crucificação. A seção de açoites era acompanhada aos gritos por todos.

Enquanto carregava a cruz, Jesus estava despido diante da multidão. Sendo constantemente açoitado, criando diversos ferimentos em seu corpo. Ainda assim, ele continuava carregando a cruz até o local onde aconteceria a crucificação.

A zombaria antes da crucificação de Jesus

Os soldados se reuniram à sua volta. Com o objetivo de zombar o “Rei dos Judeus”, eles o vestiram com um manto que representava as vestes da realeza e colocaram uma coroa de espinhos sobre sua cabeça.

Além da coroa, deram para ele um cetro, e faziam reverências dizendo: “Salve, rei dos judeus!”. Todos que estavam presentes riam da sua imagem, cuspiram em Jesus e o insultavam.

À caminho da crucificação

A execução de Jesus Cristo deveria acontecer fora dos muros da cidade. Ele já havia sido torturado e como todo condenado, foi obrigado a levar a sua própria cruz. Acredita-se que os condenados tinham de carregar entre pelo menos 13 a 18 quilos.

Jesus estava muito debilitado pelos ferimentos que havia sofrido. Não conseguindo carregar a cruz durante todo o trajeto, logo os soldados pediram que Simão o ajudasse no caminho. Durante todo o percurso Jesus estava sendo seguido por uma multidão. A sua maioria aprovava a punição, mas alguns sentiam tristeza pelo sofrimento que Jesus estava passando.

A crucificação de Jesus

Jesus foi crucificado em Gólgota, que significa “lugar da caveira”. Ele foi crucificado com mais dois criminosos, um no seu lado direito e o outro no seu lado esquerdo. Ali se cumpria as Escrituras como dito em Isaías 53:12, que dizem que Jesus “foi contado com os transgressores”.

No momento de sua crucificação, alguns dos soldados ofereceram para Jesus vinho com mirra, enquanto outro lhe ofereceu uma esponja embebida com vinagre. Ele recusa os dois. As duas misturas trariam mais desconforto que benefícios, pois aumentariam a sede de Jesus.

Foi colocada um pouco acima da cabeça de Jesus uma placa, nela estava escrito: “Este é Jesus, o Reis dos Judeus”. Parece que durante a crucificação de Jesus ele estava acompanhado de apenas alguns seguidores, estavam ali ao seu lado o apóstolo João, sua mãe Maria, Maria Madalena.

As palavras de Jesus na cruz

Nos Evangelhos estão registradas algumas palavras proclamadas por Jesus enquanto estava vivo na cruz. Segue:

“Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23:34).

“Eu lhe declaro solenemente: hoje você estará comigo no paraíso” (Lucas 23:43).

“Aí está seu filho… Eis aí a tua mãe” (João 19:26,27).

“Meu Deus, Meu Deus! Por que me abandonaste?” (Marcos 15:34).

“Tenho sede” (João 19:28).

“Está consumado” (João 19:30).

“Pai, em tuas mãos entrego meu espírito” (Lucas 23:46).

A morte de Jesus na cruz

Tendo sido crucificado às nove horas da manhã, Jesus persistiu com vida até às três horas da tarde. Sendo que das 12 horas até às três horas as trevas caíram sobre a Galileia, ela significava a expiação de Deus sobre os pecados que Jesus Cristo cumpria com a crucificação.

Nas escrituras sagradas se destacam também as blasfêmias que não cessavam. Havia ali pessoas que atacavam não só a Jesus, mas também a sua divindade. Até os ladrões crucificados ao seu lado o insultavam. Logo, Jesus permaneceu em silêncio.

Não deixando de pedir ao seu "Pai" que perdoasse aqueles que compartilhavam do seu sofrimento. Dizendo isso em relação aos criminosos que estavam ao seu lado. Até que um dos ladrões se arrepende dos seus pecados e reconhece em Cristo o seu Senhor. Jesus então enuncia: “Hoje você estará comigo no Paraíso”.

Jesus entrega a sua alma a Deus, e o caminho para o céu foi aberto. Além disso, tremores despontaram sobre a terra partindo rochas e abrindo o sepulcro onde o corpo de Jesus ficaria sepultado.

Jesus é retirado da cruz

Após a sua morte, um dos soldados transpassa o seu corpo com uma lança, perfurando-o, certificando assim a morte de Jesus. Por ser período de páscoa, os judeus não queriam que houvesse nenhum corpo na cruz. Os soldados retiram o corpo de Jesus e quebram as pernas dos outros dois criminosos para acelerar as suas mortes.

Depois disso, o corpo de Jesus Cristo é retirado e lavado. José e outras mulheres fiéis a Jesus se responsabilizam por cuidar do seu corpo, preparando para o sepultamento. O corpo de Jesus foi colocado sobre a fenda de uma das rochas que partiram com o tremor de terra. E no domingo pela manhã, esse mesmo túmulo estava vazio!

A ressurreição de Jesus

A ressurreição de Jesus acontece no terceiro dia após a sua morte. Maria ao visitar o túmulo de seu filho, encontra a pedra que fechava o sepulcro aberto e ele estava vazio. Após esse incidente, Jesus aparece para Maria em seu sonho, confirmando assim sua ressurreição.

Há relatos no evangelho que declaram que os apóstolos Marcos e Lucas relataram ter encontrado Jesus. E, após esse encontro, "Jesus sobe aos céus e se assenta à direita de Deus".

Qual é o significado da crucificação de Jesus?

Crucifixo em cima de uma máscara.

O significado da crucificação de Jesus extrapola os aspectos físicos da sua dor. Nesse momento, Jesus sentiu o peso dos pecados de todos os homens e, aquele que nunca pecou, pagou pelas transgressões de toda humanidade.

Num ato de amor Deus deu o seu filho primogênito para pagar as iniquidades dos homens. Através desse ato é que podemos ter esperança na salvação celestial. Afinal, para os maiores pecados cometidos, era necessário o maior dos sacrifícios.

Então, ao estudar sobre a crucificação de Jesus, entenda-a como sacrifício consciente e proposital feito por Jesus pela humanidade. Lembre-se desse ato amoroso em suas orações e agradeça pela oportunidade de se reunir com Deus na fé em Jesus.

Autor deste artigo

Trabalho com produção de conteúdo e tenho me dedicado a escrita em busca de autoconhecimento e compreender os significados dos meus sonhos e da vida.

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religiões

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