Afinal, gestante pode tomar chá de hortelã?
![Xícara de chá de hortelã.](/uploads/content/image/288851/Design_sem_nome__5_.jpg)
Os chás costumam ser uma boa alternativa na gravidez. Contudo, algumas ervas não são indicadas nesse período. Isso porque, apesar de naturais, muitas das substâncias encontradas nas plantas são nocivas, levando a complicações e até mesmo o aborto.
No caso do chá de hortelã, há inúmeras propriedades medicinais benéficas para a saúde. No entanto, o consumo não é recomendado para as gestantes, já que pode trazer alguns riscos. Dessa forma, é muito importante que o médico ou nutricionista indique as melhores ervas e a quantidade correta nessa fase tão especial.
Ao longo deste artigo, você vai entender porque o chá de hortelã deve ser evitado durante e depois da gestação. Além disso, confira outros chás que também são proibidos e ainda as opções de infusões permitidas. Para saber sobre essas e outras informações, continue a leitura!
Entendendo mais sobre o chá de hortelã e gravidez
![Xícara de chá de hortelã.](/uploads/content/image/288852/Design_sem_nome__6_.jpg)
De sabor agradável e muito aromático, a hortelã está presente no mundo inteiro: na culinária e em diversos produtos de higiene e cosmética. No entanto, o chá dessa planta medicinal oferece alguns riscos durante a gravidez. Abaixo, conheça origem, propriedades e entenda o porquê de o chá de hortelã não ser indicado para as grávidas!
■Origem e propriedades do chá de hortelã
Oriunda da Europa e do Mediterrâneo, a hortelã (Mentha spicata), também conhecida como menta, é uma erva medicinal que é facilmente confundida com a hortelã-pimenta (Mentha piperita). Isso porque ambas fazem parte do mesmo gênero e possuem características semelhantes, como o formato e o forte aroma.
A planta é rica em flavonoides, vitaminas A, B6, C, K, ácido fólico e mentol. Dessa forma, a hortelã possui propriedades anti-inflamatórias, analgésicas, antigases, descongestionantes, bactericidas, antioxidantes e digestivas.
Logo, é uma planta muito versátil, ideal para tratar diferentes comorbidades e, devido à sua eficácia, está presente na indústria alimentícia e cosmética.
■Por que não é recomendado tomar chá de hortelã na gravidez?
Durante a gravidez, o chá de hortelã deve ser evitado, pois alguns estudos mostram que o consumo da planta pode levar a contrações uterinas, induzindo o aborto ou o parto prematuro. Além disso, beber o chá em excesso pode causar a má formação, comprometendo a saúde do bebê.
Na fase da amamentação, também não é recomendado tomar o chá de hortelã, pois, além de diminuir a produção de leite, tende a transferir o cheiro e o sabor para a criança. Portanto, o ideal é ingerir ervas medicinais que não ofereçam riscos à saúde e que sempre devem ser prescritas por um médico.
■Possíveis efeitos colaterais do chá de hortelã para gestantes
Os efeitos colaterais do chá de hortelã, na maioria dos casos, estão associados ao consumo contínuo e em grande quantidade. Para as gestantes, a bebida pode causar aborto e dor de estômago, e intensificar vômitos, enjoos, azia e má digestão.
Ademais, caso a mulher tenha predisposição para desenvolver alergias, a ingestão da planta pode causar reações na pele, como coceira, urticária, vermelhidão e sensação de ardência.
■Outras contraindicações do chá de hortelã
Além de grávidas e lactantes, o chá de hortelã é contraindicado nos seguintes casos:
- Crianças menores de 9 anos;
- Pessoas com doenças gastrointestinais, como gastrite, úlcera e obstrução dos ductos biliares;
- Pessoas com anemia;
- Pessoas com alergia ao óleo essencial de hortelã.
■Perigo dos chás na gravidez
Apesar de as infusões com ervas medicinais serem saudáveis e benéficas para a saúde, durante a gestação, principalmente nos três primeiros meses, o consumo é muito perigoso. Isso acontece porque, além de o período ser muito delicado, as plantas tendem a causar contrações no útero, sangramentos, má formação do feto e até aborto.
■Todos os chás são proibidos?
Mesmo com restrições, nem todos os chás são proibidos na gravidez. As plantas medicinais com ação calmante e digestiva são as mais indicadas, pois relaxam tanto a mãe quanto o bebê. Além disso, reduz os enjoos, a azia e a má digestão, e ainda estimula a produção de leite.
Entretanto, como medida de segurança, mesmo os chás permitidos devem ser administrados com cautela e com orientação do obstetra, nutricionista ou fitoterapeuta. Ainda é importante alternar as ervas, a fim de evitar o consumo frequente de uma mesma planta. Assim, é garantido que não haverá risco nem para mãe nem para o filho.
Chás proibidos para gestantes
![Xícara de chá de canela.](/uploads/content/image/288853/Design_sem_nome__7_.jpg)
Que os chás são benéficos para a saúde, todo mundo já sabe. Mas, apesar de naturais e caseiros, podem se tornar um verdadeiro perigo, principalmente para as gestantes. Logo abaixo, listamos os chás considerados proibidos, pois oferecem riscos reais durante e após a gravidez. Acompanhe!
■Chá de Arruda
O chá de arruda, apesar de ser utilizado para fins medicinais, é considerado tóxico, provocando efeitos indesejáveis no organismo. Contudo, o consumo se tornou popular devido à sua ação emenagoga, ou seja, de acelerar a menstruação ou provocar sangramentos.
Isso acontece porque, na folha, estão presentes substâncias, como a rutina, que estimulam as fibras musculares e causam fortes contrações no útero. Logo, a planta é altamente abortiva e não deve ser consumida por gestantes. Mesmo que não ocorra o aborto, há grandes chances de malformação fetal.
■Chá de Buchinha do Norte
Muito utilizado por pessoas com problemas respiratórios, a buchinha do norte é uma planta tóxica e, quando administrada de forma indiscriminada, traz sérios riscos à saúde. Para grávidas, o perigo é ainda maior, pois a planta contém cucurbitacina, substância que afeta diretamente a placenta e o embrião.
Portanto, a erva é proibida durante a gestação, pois pode causar aborto ou afetar o desenvolvimento do feto, o que, por sua vez, gera deformidades ou dificulta o ganho de peso do bebê.
■Chá de Boldo
O chá de boldo, tanto a espécie brasileira como a chilena, é consumido por seus vários benefícios para a saúde. No entanto, a planta possui ascaridol, componente com alto poder abortivo. Portanto, não é indicado para grávidas, principalmente no início da gravidez.
Isso porque o consumo do chá tende a causar fortes cólicas uterinas, provocando sangramentos e levando ao aborto espontâneo. O recomendado é evitar a planta durante todo o período da gestação e da amamentação, para não afetar o crescimento do bebê, antes e depois do nascimento.
■Chá de Canela
Por estimular contrações no útero, o chá de canela é conhecido por acelerar a menstruação e aumentar a intensidade do fluxo menstrual. Por isso, não é recomendado o consumo no período da gestação devido ao grande risco de aborto ou do parto prematuro.
Ainda há poucos estudos sobre a especiaria. Contudo, já se sabe que tomar a infusão com frequência e em excesso pode causar danos ao embrião e, consequentemente, interromper a gravidez.
■Chá de Funcho
O chá de funcho possui propriedades emenagogas, além de aumentar atividade estrogênica, ocasionando contrações uterinas. Logo, a ingestão da infusão não é recomendada durante a gravidez devido à tendência de aborto ou de induzir o parto antes da hora.
Além disso, os compostos químicos da planta, segundo pesquisas, podem atravessar a placenta. Dessa forma, afeta o desenvolvimento do feto, causando má formação ou atraso no crescimento. No período da amamentação, também não é aconselhado tomar o chá para não transferir as substâncias ao bebê.
■Chá de Hibisco
Na medicina popular, o chá de hibisco é muito conhecido por seu efeito emagrecedor. No entanto, para mulheres que desejam engravidar ou que já estão grávidas, a planta pode alterar os hormônios, provocando infertilidade ou o aborto espontâneo.
A erva também possui propriedades que afetam a musculatura do útero e da pélvis, aumentando as chances de sangramentos e, por consequência, afetando a formação do bebê. Ainda há poucos estudos, porém, na fase de aleitamento materno, não é recomendado o consumo do chá de hibisco.
■Chá de Hortelã
O chá de hortelã promove contrações no útero, causando o aborto ou induzindo o parto, a depender do estágio da gravidez. Ademais, ele pode afetar o desenvolvimento fetal, promovendo anomalias ou a má formação do bebê.
Há também estudos que mostram que o chá de hortelã reduz o leite materno. Por isso, lactantes não devem consumir a planta.
■Chá Preto, Verde ou Mate
Extraídos da mesma espécie de planta, Camellia sinensis, os chás preto, verde e mate são considerados perigosos para as gestantes. Isso acontece porque a cafeína, uma das principais substâncias presentes na planta, pode acelerar o metabolismo, aumentando a frequência cardíaca e a pressão arterial, além de afetar a qualidade do sono.
Ademais, os compostos podem passar para a placenta, ocasionando os mesmos sintomas para o bebê e também interferindo na produção e na qualidade do leite materno. Sendo assim, a ingestão do chá deve ser evitada ou feita somente com orientação médica.
Chás permitidos para gestantes
![Xícara de chá de camomila.](/uploads/content/image/288854/Design_sem_nome__8_.jpg)
Mesmo com tantas restrições, alguns chás são permitidos para gestantes. Além de aliviar os sintomas comuns, como enjoos, náuseas, azia e má digestão, também atuam como um calmante natural. A seguir, conheça as ervas medicinais consideradas seguras e apropriadas no período da gestação!
■Chá de Camomila
Por conter propriedades calmantes, digestivas, ansiolíticas e anti-inflamatórias. O chá de camomila é um dos pouco permitidos para gestantes. Quando consumido de forma moderada, a erva medicinal alivia enjoos, náuseas e má digestão. Além disso, ainda ajuda a melhorar insônia, sintomas de estresse e ansiedade.
A princípio, o chá de camomila é considerado seguro durante a gestação. No entanto, em caso de gravidez de risco, o melhor é evitá-lo ou ingerir a bebida somente com acompanhamento do obstetra ou nutricionista.
■Chá de Erva-Cidreira
O chá de erva-cidreira é uma opção indicada durante a gestação, pois possui ação sedativa e relaxante, antiespasmódica, analgésica e anti-inflamatória. Logo, a bebida traz diversos benefícios para a mãe e o bebê. Por exemplo, ajuda a reduzir a ansiedade, melhora o sono, regula o intestino e ainda promove a produção de leite.
Entretanto, mesmo sendo natural, o chá não deve ser consumido em grandes quantidades e com frequência. O excesso da erva no organismo tende a causar enjoos, vômitos e diarreias. Por isso, o ideal é alternar com outras plantas medicinais ou tomá-lo até duas xícaras a cada dois dias, de preferência, com orientação médica.
■Chá de Gengibre
O gengibre é uma raiz popular por seu efeito terapêutico, proporcionando diversos benefícios para a saúde. Para as gestantes, o chá de gengibre é uma ótima alternativa para aliviar dores de cabeça, azia e náuseas. A bebida ajuda a controlar o colesterol e ativa a circulação sanguínea, evitando a formação de coágulos e reduzindo o inchaço no corpo.
Contudo, o recomendado é de não ultrapassar a dosagem de 1 grama da raiz por dia, além de tomar o chá, por, no máximo, 4 dias seguidos. Isso porque o excesso da bebida tende a trazer riscos para o bebê, como mal formação e aborto.
■Chá de Lavanda
A ação sedativa e calmante faz do chá de lavanda uma excelente opção para consumir no período da gravidez, principalmente nos momentos finais. Isso porque a mulher pode se sentir mais ansiosa com a chegada do bebê.
Além de relaxar e acalmar, a infusão também combate a enxaqueca, fortalece o sistema imunológico e ajuda a dormir melhor. Por causar sonolência, o chá de lavanda deve ser tomado com moderação e sempre com indicação médica.
■Chá de Tomilho
Por ser uma erva muito aromática, é muito comum utilizar o tomilho na culinária. Contudo, o chá feito dessa planta possui diversos benefícios para a saúde, principalmente para as gestantes. Com propriedades expectorantes, anti-inflamatórias, bactericidas e antioxidantes, ele atua, especialmente, em casos de gripes, resfriados e episódios de sinusite.
A bebida também tem ação calmante, aliviando os sintomas de ansiedade, estresse e nervosismo. Entretanto, não é aconselhado tomar o chá de tomilho nos primeiros meses de gravidez, pois pode ocorrer espasmo e contração no útero.
Portanto, para garantir a sua eficácia, somente o obstetra pode indicar a quantidade e a frequência de consumo da bebida.
Outras informações sobre os chás para gestantes
![Xícara de chá.](/uploads/content/image/288855/Design_sem_nome__9_.jpg)
São muitas as dúvidas acerca do consumo de chá, já que, em alguns casos, os consumos são permitidos e, em outros, não. Mas será que, após a gravidez, os chás proibidos estão liberados? A seguir, confira essas e outras informações sobre os chás para gestantes!
■Após a gravidez, os chás proibidos estão liberados?
Mesmo após a gravidez, os chás proibidos ainda não são indicados. Na fase de amamentação, é muito importante que a mulher mantenha bons hábitos alimentares, além de ingerir bebidas saudáveis.
Tudo o que a mulher consome antes e depois da gestação pode interferir diretamente na qualidade e na produção do leite, único e principal alimento para o bebê, nos primeiros meses de vida. Portanto, para que a criança se desenvolva bem e com segurança, o melhor é aguardar até que ocorra o desmame.
■Existem chás específicos para gestantes?
No mercado, já existem chás feitos especialmente para as gestantes. Geralmente, eles são compostos por ervas benéficas para a saúde das grávidas e dos bebês. Além de estimular a produção de leite, mantém o corpo hidratado, devolve os nutrientes e melhora a qualidade do sono.
Contudo, os chás específicos para essa finalidade devem ser consumidos com cautela e com a supervisão do obstetra, uma vez que podem ser misturados a ervas perigosas.
■Outras bebidas que as gestantes devem evitar
Além dos chás proibidos, existem outras bebidas que as mulheres devem evitar durante a gestação, que são:
Café: a cafeína é considerada uma substância nociva tanto para mulher quanto para o bebê. Por ser um estimulante natural, pode afetar a qualidade do sono, além de causar palpitações e também influenciar no desenvolvimento do feto. Alguns estudos mostram que 200 mg de cafeína por dia é uma quantidade segura e não oferece riscos.
Isso corresponde a duas xícaras de café por dia de até 240 ml. No entanto, esse composto também está presente em chás, refrigerantes e no chocolate. Por isso, o ideal é evitar ou consumir o menos possível para não exceder a quantia recomendada.
Bebida alcoólica: independentemente da quantidade, o álcool pode ser facilmente absorvido pela placenta, afetando a formação do feto. Portanto, na gravidez, é proibido ingerir qualquer bebida com teor alcoólico, mesmo que seja uma dose pequena.
Refrigerante: rica em aditivos químicos, como corantes e açúcares, a bebida deve ser evitada antes e depois da gestação. Isso porque os ingredientes do refrigerante podem inflamar o organismo tanto da mãe quanto do filho.
Além disso, após o nascimento, o bebê tem maiores chances de desencadear doenças graves. As versões light e diet, apesar de serem vendidas como uma alternativa mais saudável, possuem açúcares artificiais, sendo prejudiciais em qualquer fase da gravidez.
O período de gestação é uma época de cuidado com a alimentação!
![Mulher grávida tomando chá.](/uploads/content/image/288856/Design_sem_nome__10_.jpg)
Do início ao fim da gravidez, os cuidados devem ser redobrados, sobretudo, com a alimentação. Isso porque uma dieta rica em nutrientes e vitaminas garante que o bebê cresça saudável e no peso correto. Além disso, evita que a mulher desenvolva doenças graves, como pressão alta, anemia e diabetes.
Ademais, no período da gestação, é muito importante evitar ingerir bebidas alcoólicas, medicamentos sem prescrição e cigarro. Parece uma informação óbvia, porém mudar os hábitos pode ser uma tarefa muito difícil para algumas mulheres.
Portanto, a partir do momento em que a gestação é descoberta, mudanças significativas precisam ser feitas, além de fazer o pré-natal corretamente e seguir à risca as orientações do médico. No final, o maior desejo de uma mãe é que seu filho nasça e se desenvolva com muita saúde!