Marinheiro da umbanda: linha, Gira, nomes, oferenda, dia e mais!

Marinheiro da umbanda: linha, Gira, nomes, oferenda, dia e mais!

Quem são os Marinheiros na umbanda e o que eles podem fazer? Essa é apenas uma de todas as respostas sobre essa linha espiritual que pode ser encontrada aqui.


A figura do Marinheiro na umbanda

Mãe de santo da Umbanda.

A umbanda é uma religião afro-brasileira que tem como fundamento a “incorporação do espirito para pratica da caridade”. Organizados em linhas de trabalho, esses espíritos incorporam em seus médiuns para dar consultas e passes em quem os procura.

Uma dessas linhas de trabalho são os Marinheiros, onde traz espíritos evoluídos que desencarnaram e que em sua vida passada tinham profunda afinidade com o mar, como, pescadores, marujos, jangadeiros, capitães e até piratas.

Conhecidos pelo seu jeito irreverente, seu linguajar peculiar e um jeito engraçado de se portar, por vezes parecendo que estão alcoolizados, essas entidades são extremamente importantes e respeitadas dentro da umbanda. Entenda mais sobre como essa linha de trabalho funciona e como ela pode te ajudar.

Gira dos marinheiros, para que são requisitados e outras informações

Atabaques de Umbanda.

As consultas na umbanda são feitas através de uma cerimônia ritualística chamada de gira. Nessas giras são entoados cânticos e rezas para saldar os orixás, e preparar o ambiente para a incorporação das entidades pelos médiuns da corrente.

A gira alterna de entidade para entidade, podendo variar os cânticos, cores de velas e roupas, iluminação, tudo com o propósito seguindo a linha de trabalho que será chamada naquele dia. Confira mais abaixo.

A Gira de marinheiros

As giras de Marinheiro na umbanda são giras costumeiramente, alegres e divertidas. Os Marinheiros trazem consigo a leveza e a fluidez do mar. São espíritos de grande grau evolutivo e quando solicitados no terreiro é para trazer sabedoria e a cura emocional.

Falam alto e parecem constantemente em festa, a bebida que eles utilizam nas giras pode variar, mas no geral costuma ser o Rum branco. Outro elemento usado por eles é o cigarro de filtro. Esses elementos não são usados para “diversão’ das entidades, eles utilizam como ferramenta de trabalho, extraindo a energia da bebida e a fumaça do cigarro para ajudar os consulentes e médiuns.

A linha dos Marinheiros é regida pela Mãe Iemanjá então é comum ver a incorporação desse orixá antes dos guias virem em terra, pedindo assim licença para a orixá regente e sustentação energética durante os trabalhos.

Para que são requisitados

Os Marinheiros veem na linha de umbanda como verdadeiro doures dos sentimentos, agindo principalmente na cura emocional. Sempre usando de metáforas relacionadas ao mar, ajuda o consulente a ter uma visão diferente sobre sua vida ou problema entregando assim, uma nova perspectiva, afim de promover a cura.

Mas não se engane, os marinheiros não promovem apenas um bom diálogo, mas também são poderosos dissolvedores de energias negativas, por trazem a força das águas junto de si, eles têm o poder de descarregar e direcionar até mesmo as energias mais densas, e tudo isso conversando e trazendo a leveza.

Poderosos doutores espirituais, os Marinheiros também são responsáveis por curas físicas, pois curando o mental eles têm a capacidade de curar o espiritual, emocional e físico. Já que muitas das doenças são geradas pelo estado emocional que o consulente se encontra.

Fama e comportamento do Marinheiro da umbanda

Os Marinheiros na umbanda falam alto, brincam, estão quase sempre com uma garrafa de rum na mão. No primeiro momento por pessoas um pouco mais retraídas ou conservadoras, eles poderão aparentar serem arruaceiros.

Durante muito tempo, por falta de conhecimento, era assim que eles eram retratados. Porém com mais fundamento e conhecimento dentro da religião, fica claro que não era essa a verdade, afinal, um espírito embriagado não poderia ser de luz e trazer sabedoria e direcionamento aos consulentes.

A maneira cambaleante que os Marinheiros andam, de nada tem a ver com a bebida, e sim ao equilíbrio dentro de um barco em alto mar, chacoalhando com as ondas, pra um lado e para outro.

Quando esses guias vêm em terra parece que todo o ambiente se enche de água, e é comum ver até mesmo pessoas que não estão incorporadas sentirem essa influência do mar balando, a ponto de terem dificuldades para se equilibrar e sentirem leve tontura.

Isso é a fama dos marinheiros, que trazem consigo as águas de Iemanjá, para lavar e purificar ambientes e pessoas. Levando do mental, os pensamentos negativos que atraem todos os males para vida, a doença, as brigas, a falta de dinheiro e o peso de não saber o que fazer.

Como se conectam aos espíritos

Os Marinheiros são espíritos de luz, evoluídos, que transitam na faixa vibracional positiva do universo, incorporam em seus médios para trabalhos em centro, mas não só isso. Também são doutores no lado espiritual, ajudando espíritos menos evoluídos a elevar sua faixa de consciência, muitas vezes aceitando a morte, ou limpando de energias e sentimentos negativos e corrosivos ao espirito.

Como um guia em meio a névoa ou a uma grande tempestade, os marinheiros auxiliam nesse momento de aflição e desespero.

O Marinheiro nos terreiros de umbanda

A linha de Marinheiros na umbanda faz parte das diversas linhas que foram se agregando a religião por afinidade. Atualmente é difícil achar um terreiro de umbanda que não trabalhe com a linha de Marinheiros, tendo inclusive centros com seu nome sendo a entidade chefe do terreiro.

Vale ressaltar que quando se fala da linha dos Marinheiros não estamos falando apenas dos soldados de uniforme. Dentro dessas linhas se apresenta diversas sub linhas de espíritos que tinham na sua última ou últimas encanações muita afinidade com o mar, rio, lago e afins, entre eles, ribeirinhos, pescadores, jangadeiros, marujos, piratas e muitos outros povos que vivam das águas e para as águas.

Como ocorre a comunicação entre marinheiro e consulente

Mediunidade é a capacidade de interagir com o mundo dos espíritos. Médiuns são as pessoas que desenvolvem a mediunidade de diversas formas, seja vendo ou falando com espíritos, escrevendo uma mensagem recebida do além, sentido e interagindo com energias, ou incorporando espíritos afim de auxiliar o mundo terreno.

A principal mediunidade desenvolvida e praticada na umbanda é a incorporação, sendo usada como o um importante pilar da religião: “umbanda é a incorporação do espirito para prática da caridade”. E assim os marinheiros se manifestam na umbanda para atender seus consulentes.

Em um médium já desenvolvido e preparado, durante um ritual dentro de um terreiro, os Marinheiros incorporam e vem para auxiliar tanto a corrente mediúnica tanto os consulentes do terreiro, sempre muito comunicativos e com grandes ensinamentos, com uma forte energia e a leveza do mar, com um jeito fluido e resistente ele auxilia na evolução e na cura do espírito.

A origem, os nomes e oferendas ao Marinheiro da umbanda

Oferenda Umbanda.

A umbanda tem seus próprios fundamentos, ritos e doutrinas. Os Marinheiros são entidades que foram ganhando seu espaço dentro do ritual de umbanda, regidos por Iemanjá, trazem consigo a leveza das águas e a força das marés.

Tendem a conversar muito e dar conselhos para a vida, na gira de marinheiro o ensinamento é garantido. Poderosos limpadores espirituais, são excelentes para purificar e equilibrar o médium. Em seguida vamos conhecer um pouco mais sobre essa entidade de umbanda e como eles se apresentam.

A origem do marinheiro na umbanda

A umbanda é uma religião agregadora que já na sua anunciação, trouxe um dos seus principais fundamentos, que é “com o mais evoluído aprenderemos, ao menos evoluído ensinaremos, mas a ninguém viraremos as costas”.

Nesse mesmo momento de fundação da umbanda foram apresentadas 5 linhas de trabalho, sendo: Caboclo, Preto Velho, Erê, Exu e Pomba Gira. Porém com o passar dos anos muitos espíritos que trabalhavam no astral tiveram afinidade com os trabalhos da umbanda e começaram a trabalhar ajudando dentro desse ritual.

Assim, de forma organizada e representativa, surgiram outras linhas de trabalho, que no começo eram chamadas de linhas auxiliares, e logo se tornaram principais e fundamentais aos trabalhos de terreiro.

Uma dessas linhas são os Marinheiros, que trouxeram para a umbanda uma riquíssima cultura e doutrina do qual hoje é extremamente difundida e respeitada dentro dos terreiros, e que a muito tempo não é mais chamada de linha “auxiliar” pois se tornou uma das principais linhas de trabalho dentro do ritual Umbandista.

Os nomes pelos quais o marinheiro pode ser chamado na umbanda

Os nomes das entidades de umbanda têm um significado especial, ele não serve para identificar um indivíduo e sim uma falange de trabalho. Quando um espírito evoluído decide trabalhar na umbanda ele será encaminhado a linha que mais tem afinidade como por exemplo, Baianos, Marinheiros, Boiadeiros e etc.

Depois de ser selecionado para essa Linha de Trabalho, ele irá fazer parte de uma falange do qual todos os espíritos atendem pelo mesmo nome, como por exemplo “Martin Pescador”, e esse nome traz a simbologia de como ele trabalha, e na força de qual orixá ele trabalha. Abaixo veremos alguns nomes de Marinheiros na umbanda:

Martin Pescador;
Martin Negreiro;
Marinheiro das Sete Praias;
Marinheiro Mercador;
Manoel Marujo;
Manoel da Praia;
João da Praia;
João do Rio;
João do Farol;
João Marujo;
Zé do Mar;
Zé da Jangada;
Zé do Bote;
Zé do Cais;
Zé Pescador;
Zé da Proa;
Seu Atenor;
Seu Sete Ondas;
Seu Sete Cais.

Oferendas ao Marinheiro da umbanda

Local para oferenda: praias, santuários e rios.

Oferendas: Toalha ou pano branco; velas branca e azul claro; fitas branca e azul claro; linhas branca e azul claro; pembas branca e azul claro; flores (cravo branco, palmas brancas); frutas (variadas com interior branco); comidas (peixes, camarões, frutos do mar, farofa com carne seca); bebidas (rum, aguardente, cerveja).

O dia dos marinheiros e as suas cores

Dia de comemoração: 13 de dezembro

Dia da semana: Sábado

Cores: Azul e branco

Oração aos marinheiros da umbanda

Salve os Marinheiros, salve todo o Povo do mar peço aos senhores e senhoras das águas a vossa benção.


Peço que interceda por mim nesse momento e que meu corpo, minha mente e meu espirito sejam emantados pela vossa força sagrada e divina.


Que eu seja capaz de receber o vosso equilíbrio e que da minha mente seja afastado qualquer pensamento negativo.


Que eu tenha a fluidez das águas para vencer os meus obstáculos e resiliência de um pescador em meio a tempestade.


Que a vossa luz seja como um farol, me guiando em meio a escuridão me fazendo chegar são e salvo a terra firme.


Que assim seja em nome de Olorum, Amém. 

Os demais guias da umbanda

Guias Umbanda.

Caboclos, Preto Velho e Erês, durante muito tempo foram as únicas linhas de trabalho na umbanda, além da esquerda. Porém, ao longo dos anos outras linhas de trabalhos e guias foram incorporados pelo astral a essa religião. A umbanda é uma religião nova, com um pouco mais de 100 anos pode-se dizer que ela ainda está na sua fase de formação.

Mesmo sendo uma religião nova, as práticas de umbanda são milenares, pode-se dizer que a umbanda introduziu no Brasil a prática de diversas culturas e religiões desconhecidas ou a muito tempo esquecidas.

Tudo se deve a espíritos de alto grau de evolução, iniciados nessa religião, que foram se organizando dentro da umbanda, criando assim novas hierarquias e linhas de trabalho como: Marinheiros, Boiadeiros, Malandros, Ciganos e etc.

O que são as guias da umbanda

Na umbanda, as linhas de trabalhos espirituais, formadas por espíritos incorporadores, têm nomes simbólicos. Os guias incorporadores não se apresentam com outros nomes, e só se identificam por nomes simbólicos.

Todos eles são magos consumados e tem na magia um poderoso recurso, ao qual recorrem para auxiliarem as pessoas que vão aos templos de umbanda em busca de auxílio.

Um médium Umbandista recebe em seus trabalhos, vários guias espirituais cujas manifestações ou incorporações são tão características que só por elas já sabemos a qual linha de trabalho pertence o espírito incorporado.

As linhas são muito bem definidas e os espíritos pertencentes a uma linha fala com o mesmo sotaque, dança e gesticulam quase iguais, além de realizar trabalhos mágicos com elementos definidos por eles.

Cablocos

Caboclos são espíritos ligados as matas, são a representação dos índios brasileiros. Trazem o mistério da força de vontade, garra e astúcia. São regidos pelo Orixá Oxóssi que é o Senhor das Matas. São profundos conhecedores das ervas e atuam na cura, em trabalhos para prosperidade, em evolução espiritual e em busca de conhecimento.

Cor: Verde e Branco.

Saudação: Okê Caboclo.

Oferenda: toalha ou pano verde; velas vende e branca; fitas verde e branca; linhas verde e branca; pembas verde e branca; frutas (todas); comidas (Moranga cozida, milho verde em espiga cozida, maçã cozida e regada com mel, doces cristalizados); bebidas (vinho tinto e cerveja branca); fubá (para circular e fechar a oferenda).

Pretos Velhos

Os Pretos Velhos, representam a ancestralidade, a calma, a tranquilidade e a sabedoria. São espíritos que atingiram um altíssimo grau de evolução, assumem o arquétipo do vô e da vó, são seres amáveis e de extrema sabedoria, uma conversa com essas entidades trás o sentimento de amparo, de amor e de tranquilidade que tudo vai dar certo no final.

São manipuladores de diversos tipos de magias, usadas para benzer e curar seus consulentes, tudo com muita serenidade e humildade, o amor sempre está presente nos rituais dessa linha.

Cor: Branco e Branco.

Saudação: Salve as almas.

Oferenda: toalha ou pano branco e preto; velas branco e preto; fitas branco e preto; linhas branco e preto; pembas branco e preto; frutas (todas); comidas (arroz doce, canjica, bolo de fubá, doce de abobora e doce de coco); bebidas (café, vinho tinto, cerveja preta e água de coco).

Crianças

Essa linha com certeza é mais encantadora da umbanda, é uma linha que representa a infância, ingenuidade, brilho no olhar e a capacidade de resolver problemas de maneira simples.

Ao contrário de todas as outras linhas de umbanda esses espíritos nunca chegaram a encarnar na terra, e escolheram esse arquétipo de criança para nos mostrar ou relembrar o quanto pode ser poderoso um olhar mais doce, ingênuo e esperançoso para o mundo.

Cor: Azul claro e Rosa.

Saudação: Salve as crianças

Oferenda: toalha ou Azul claro e Rosa; velas Azul claro e Rosa; fitas Azul claro e Rosa; linhas Azul claro e Rosa; pembas Azul claro e Rosa; frutas (uva, pêssego, pera, goiaba, maçã, morango, cereja, ameixa); comidas (doces, arroz doce, cocada, balas, quindim); bebidas (sucos, refrigerante).

Exus

Uma das linhas mais conhecidas e desvirtuadas por muitos, os Exus são os guardiões do mistério divino. Muitas pessoas dão a essa linha a fama negativa de ser o “demônio”, de fazer o mal e etc. Porém na umbanda Exu não é nada disso, Exu é da lei na umbanda, nunca faz o mal.

Exu em uma frase dita pela religião de umbanda: Exu é o ponto de luz em meio a escuridão, é ele que da vitalidade e proteção contra energia negativa, Exu ajuda os consulentes a evoluir e pensar como impactam o mundo. Auxilia a ser uma pessoa melhor, sem vícios, sem maldade, sem pré conceito.

Cor: Preto.

Saudação: Laróyè Exu.

Oferenda: toalha ou pano preto; velas pretas; fitas pretas; Clinhas pretos; pembas preto; frutas (manga, mamão e limão); comidas (farofa com carne bovina ou miúdos de frango, bife de fígado frito no azeite de dendê com cebola e pimenta); bebidas (aguardente, whisky e vinho).

Pombas-giras

Pomba Gira representa o empoderamento feminino, a mulher forte e independente, dona do seu próprio caminho e escolhas. Justamente por se apresentar dessa maneira, logo foi taxada de “vagabunda” por quem não aceitava essa força vinda de uma mulher.

Pomba Gira ajuda a entender os sentimentos e a lidar como o mundo afeta a si. Ela traz o entendimento e o autocontrole, aquele olhar e conselho de irmã mais velha sobre seus problemas.

Cor: Preto e vermelho.

Saudação: Laróyè Pomba Gira.

Oferenda: toalha ou pano preto e vermelho; velas preta e vermelha; fitas preto e vermelho; linhas preta e vermelha; pembas preto e vermelho; frutas (morango, maçã, cereja, ameixa e amora); bebidas (champagne de maçã, de uva, de cidra e licores).

Malandro

Jorge Ben Jor disso uma frase que define essa linha perfeitamente: “Se malandro soubesse como é bom ser honesto, seria honesto só por malandragem”.

A Linha dos Malandros tem como principal representante a entidade Zé Pilintra. Essa linha traz a fé, a honestidade e a lealdade como principais fatores, trazendo ao consulente a responsabilidade pela sua vida e a resolução dos seus problemas de maneira leve e criativa.

Cor: Branco e vermelho.

Saudação: Savará os Malandros.

Oferenda: toalha ou pano Branco e vermelho; velas Branco e vermelho; fitas Branco e vermelho; linhas Branco e vermelho; pembas Branco e vermelho; frutas (Maçã, caqui, nectarina e morango); comidas (abóbora com carne seca, mandioca frita, calabresa frita com cebola); bebidas (cerveja e aguardente).

Boiadeiros

Boiadeiros, vaqueiros, viajantes do sertão, traz o homem e mulher forte, destemido e acostumados com a adversidade. Poderosos limpadores de energias e espíritos negativos, laçando essas forças como bois e levando para o seu lugar de merecimento.

Essa linha traz a simplicidade e a força no olhar, ajuda a cumprir aquelas missões difíceis e exaustivas. Mostra que a vida pode ser mais que reclamar, e que mesmo que um problema seja desafiador pode ser prazeroso.

Cor: Marrom, vermelho e amarelo.

Saudação: Jetuá, Boaideiro.

Oferenda: toalha ou pano Marrom, vermelho e amarelo; velas Marrom, vermelho e amarelo; fitas Marrom, vermelho e amarelo; linhas Marrom, vermelho e amarelo; pembas Marrom, vermelho e amarelo; frutas (todas); comidas (charque bem cozido, feijoada, bolos, carne seca, mandioca frita); bebidas (conhaque, vinho seco, batidas, licores, aguardente).

Ciganos

Uma das linhas constituídas mais novas dentro da umbanda traz mistérios e uma cultura única de povos que viveram muitas coisas durante suas andanças pela estrada, sempre com muita luz, fé e conhecimento.

Os ciganos e ciganas sempre estiveram presentes na umbanda por afinidade, mas se apresentavam em outras linhas, conforme o conhecimento dessas entidades foi-se instituída uma linha própria para eles, com ritos, cânticos e fundamentos próprios.

Cor: múltiplas cores vibrantes.

Saudação: Alê Arriba.

Oferenda: toalha ou pano de múltiplas cores vibrantes; velas de múltiplas cores vibrantes; fitas de múltiplas cores vibrantes; linhas de múltiplas cores vibrantes; pembas de múltiplas cores vibrantes; frutas (todas); flores (todas); elementos (moedas douradas ou prateadas, cartas de baralho, canela e cravo); bebidas (vinhos e licores).

Baianos

Baianos é uma linha onde alegria e descontração, tomam conta. Ela representa não só espíritos que viveram na Bahia mas também os imigrantes. Com um bom papo eles são fortes cortadores de demanda, trabalhando de forma séria e rasteira, fazem os consulentes sentirem-se melhores sem nem saber como.

Os baianos e as baianas são extremamente amigáveis e detentores de um grande saber, sendo transmitido de forma a que todos conseguem entender.

Cor: Amarelo e branco.

Saudação: Sarava a Bahia.

Oferenda: toalha ou pano Amarelo e branco; velas Amarelo e branco; fitas de Amarelo e branco; linhas Amarelo e branco; pembas Amarelo e branco; frutas (coco, caqui, abacaxi, uva, pêra, laranja e manga); flores (flor do campo, cravo e palmas); comidas (acarajé, bolo de milho, farofa, carne seca cozida e com cebola); bebidas (batida de coco, de amendoim).

Oguns

Também conhecidos como Caboclos de Ogum, são entidades de altíssimo grau evolutivo que vem para trabalhos específicos de quebra de demanda. Em alguns terreiros de umbanda não se faz a incorporação de Orixá, então se incorpora o Caboclo do Orixá, como uma espécie e emissário naquele momento.

Cor: Azul escuro, vermelho e branco.

Saudação: patacori ogum.

Oferenda: toalha ou pano Azul escuro e vermelho; velas Azul escuro e vermelho; fitas de Azul escuro e vermelho; linhas Azul escuro e vermelho; pembas Azul escuro e vermelho; frutas (melancia, laranja, pêra, goiaba vermelha); flores (cravo vermelho e branco); comidas (feijoada); bebidas (cerveja branca).

Povo do Oriente

A linha do Oriente não se refere a espíritos do oriente geográfico, e sim a um templo espiritual chamado de Grande Oriente, que é onde todas as religiões já existentes se encontram. Nessa linha nós teremos espíritos hindus, maias, astecas e de um grau elevado muito superior.

Geralmente são usados em trabalhos específicos de cura, essa linha não da consulta e nem fala, mas a sua energia consegue ser sentida por todos no terreiro.

Cor: Branco, Dourado e Prateado.

Saudação: salve o Grande Oriente.

Oferenda: toalha ou pano Branco, Dourado e Prateado; velas Branco, Dourado e Prateado; fitas de Branco, Dourado e Prateado; linhas Branco, Dourado e Prateado; pembas Branco, Dourado e Prateado; traçar um círculo no chão, com nove velas alaranjadas, colocar fumo picado e milho dentro do círculo.

Exus-mirins

Os Exus-mirins nunca encarnaram na terra, são seres encontrados que assumiram esse arquétipo por serem esgotadores de energia negativa. Exu Mirim ajuda a entender os sentimentos mais profundos dentro do ser, ele trabalha dentro do íntimo do médium e do consulente, trazendo à tona o que está escondido para que possa ser superado e trabalhado.

Cor: Preto e Vermelho.

Saudação: Laroyè Exu-Mirim.

Oferenda: toalha ou pano Preto e Vermelho; velas Preto e Vermelho ; fitas Preto e Vermelho; linhas Preto e Vermelho; pembas Preto e Vermelho; frutas (manga, limão, laranja, pêra, mamão); flores (cravos); comidas (fígado frito no dendê com cebola e pimenta); bebidas (pinga com mel ou groselha).

Como o Marinheiro da umbanda pode me ajudar?

Barco Umbanda.

Purificadores, equilibradores, dissolvedores, emanadores de energia positiva, esses são alguns dos atributos da linha dos Marinheiros na umbanda, e mesmo que você não conheça a fundo esse mistério, ele pode ser ativado de maneira simples para seu benefício, do seu lar e de seus semelhantes. E como ativar o mistério dos marinheiros?

Materiais:
• Prato fundo
• 2 velas azul claro
• 1 vela branca
• Água

Se o seu objetivo for limpeza espiritual: coloque as velas em pé dentro do prato, em formato de triangulo invertido (a branca na parte inferior, uma azul no canto superior direito e a outra azul no canto superior esquerdo), em seguida acrescente a água no prato, ascenda as velas e se concentre na energia dos marinheiros.

“Salve todo o povo do mar, salve os Marinheiros. Peço nesse momento que como as águas, essas velas tenham o poder de limpar o meu corpo, minha mente e o meu espírito. Peço que de mim seja tirada toda e qualquer energia negativa, conforme o meu merecimento.

Peço também que todas as energias purificadoras, agregue o meu lar, limpando o ambiente e quem nele habita. Agradeço a todo povo das águas por essa benção divina, salve suas forças.”

Faça uma meditação e sinta a força dos marinheiros purificando a você e seu lar.
Lembre-se que os Marinheiros são seres de luz então nenhum mal pode ser pedido a eles, de nenhum tipo ou para ninguém. Essa força pode ser usada apenas com o intuito de praticar o bem.

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