Os Deuses Celtas: quem são, sobre a mitologia, seus símbolos e mais!

Os Deuses Celtas: quem são, sobre a mitologia, seus símbolos e mais!

Os povos celtas habitavam parte do continente europeu e das Ilhas Britânica. Sua mitologia é rica em deuses e heróis e inspira religiões neopagãs como a Wicca.


O que são os deuses celtas?

Símbolo celta.

Os deuses celtas são um conjunto de divindades que fazem parte do politeísmo celta, uma religião praticada pelos povos celtas na Idade do Bronze. Os povos celtas compreendem uma gama de povos que habitavam a parte ocidental e norte da Europa, englobando regiões do atual Norte da França, Ilhas Britânicas, Portugal e Espanha.

A religião praticada pelos celtas é muitas vezes chamada de druidismo. Esses povos tiveram o ápice de sua cultura no século 4 a.C. Por serem diversos povos, cada região possui um conjunto de divindades distintas, chamados de panteões.

À medida que o cristianismo avançou, muito desta rica mitologia foi esquecida. Do material que sobreviveu, tem-se relatos encontrados em fontes literárias e lendas e mitos que são perpetuados até hoje. Neste artigo, falaremos de deuses celtas que sobreviveram ao tempo. Você aprenderá sobre suas histórias, origens, fontes e como parte do seu culto sobreviveu em religiões neopagãs como a Wicca.

A religião Celta, druidas, símbolos e espaço sagrado

Símbolos celtas.

A religião celta está associada aos druidas e a lendas que envolvem seres míticos como fadas. Praticada em espaços sagrados em bosques, ela era rica em mitos e símbolos, como mostraremos a seguir.

A Mitologia Celta

A Mitologia Celta é uma das mais fascinantes da Europa. Ela se desenvolveu principalmente Idade do Ferro e contém os relatos da religião praticada pelos povos celtas.

Ela sobreviveu aos tempos através de textos autóctones, autores da antiguidade clássica como Júlio César, vestígios arqueológicos, além de lendas perpetuadas em tradições orais e de estudos das línguas faladas por estes povos.

Por isso, ela é dividida basicamente em mitologia celta continental e mitologia celta insular, esta última abrangendo os mitos dos países das Ilhas Britânicas como Irlanda, País de Gales e Escócia. Embora tenha existidos diferentes povos celtas, os deuses deles possuem características comuns.

Os druidas da mitologia Celta

Os druidas eram líderes que pertenciam à classe de sacerdotes da religião celta. Eles possuem função sacerdotal em países como a Irlanda e profética, como é o caso dos druidas do País de Gales. Alguns deles também atuavam como bardos.

Por serem dotados de saberes sobre a vida e a antiga religião, eles eram curadores e intelectuais da época, possuindo, assim, uma posição de prestígio entre os celtas. Eles são considerados figuras lendárias e por isso, fazem parte do imaginário popular e figuram em séries, filmes e livros de fantasia, como Outlander, Dungeons & Dragons e o jogo World of Warcraft.

Os símbolos da Mitologia Celta

A Mitologia Celta é rica em símbolos. Dentre eles, se destacam:

1) A árvore da Vida Celta, ligada ao deus Lugus;
2) A Cruz Celta, com todos os braços iguais, no paganismo moderno representa equilíbrio dos quatro elementos;
3) O nó celta ou nó Dara, usado como ornamentação;
4) A letra Ailm, a décima sexta letra do alfabeto Ogham;
5) A Triquetra, símbolo usado no neopaganismo para indicar a Deusa Tríplice;
6) O triskelion, também chamado de tríscele, símbolo de proteção;
7) A Harpa, usada por deuses e bardos e símbolo nacional da Irlanda;
8) A Cruz de Brigit, feita para trazer proteção e as bênçãos da deusa Brigit em seu dia.

Alban Arthan, o Visco Branco

Alban Artha é um festival do druidismo moderno que ocorre no solstício de inverno, aproximadamente dia 21 de dezembro no Hemisfério Norte. De acordo com a tradição, os druidas deveriam se reunir embaixo do carvalho mais antigo da região que estivesse coberto por Visco Branco, uma planta parasita associada ao Natal.

Nesta reunião, o chefe dos druidas cortaria com uma foice dourada o visco branco sobre o antigo carvalho e os outros druidas teriam que pegar as bolinhas brancas presentes nesta planta invasora antes que elas tocassem o chão.

Por isso, o Visco Branco se tornou um símbolo da mitologia celta, pois está associado também à morte do Rei do Azevinho no Neopaganismo.

Nemeton, o espaço sagrado Celta

Nemeton foi o espaço sagrado da religião Celta. Ele era situado na natureza, já que os celtas praticavam seus rituais em bosques sagrados. Pouco se sabe sobre este local, mas existe evidências arqueológicas que dão pistas de onde ele seria.

Dentre os possíveis locais, estão a região da Galícia na Península Ibérica, no norte da Escócia e até mesmo na parte central da Turquia. Seu nome também está associado à tribo Nemetes que vivia na região do Lago Constança, atual Alemanha, e sua deus Nemetona.

Os deuses celtas na Mitologia Celta Continental

Deus celta do trovão.

Por terem ocupado diferentes áreas do continente europeu, os povos celtas são classificados de acordo com sua origem. Nesta seção, você conhecerá suas principais divindades da Mitologia Continental.

A Mitologia Celta Continental

A Mitologia Celta Continental é aquela que se desenvolveu na região noroeste do continente europeu, abrangendo áreas como a Lusitânia, atual Portugal, e áreas que englobam os territórios de países como Espanha, França, Itália e a porção mais ocidental Alemanha.

Por fazerem parte principalmente do continente europeu, estes deuses são mais facilmente identificados por outras divindades de outros panteões, como mostraremos a seguir.

Sucellus, Deus da agricultura

Sucellus é um deus amplamente cultuado pelos celtas. Ele era o deus da agricultura, florestas e bebidas alcoólicas, da região da província romana da Lusitânia, região da atual Portugal e por isso suas estátuas foram encontradas principalmente nesta região.

Seu nome significa “o bom atacante” e ele era representado portando um martelo e uma olla, uma espécie de vaso pequeno usado para libação, além ser acompanhado por um cão. Estes símbolos conferiam a ele também o poder da proteção e dos mantimentos para alimentar seus seguidores.

Sua consorte era uma deusa da água, Nantosuelta, associada à fertilidade e ao lar e seus equivalentes irlandês e romano são, respectivamente, Dagda e Silvanus.

Taranis, Deus do trovão

Taranis é o deus do trovão, cultuando principalmente na Gália, Bretanha, Irlanda, e as regiões ribeirinhas da Renânia (atual Alemanha ocidental) e Danúbio.

Juntamente com os deuses Esus e Toutatis, ele integra uma tríade divina. Ele está comumente representado como um homem barbado, portador de um raio em uma mão e uma roda na outra. Taranis está também associado ao ciclope Brontes, portador do trovão na mitologia grega e, no sincretismo religioso, ele é Júpiter dos romanos.

Cernunnos, Deus dos animais e colheitas

Cernunnos é o deus dos animais e das colheitas. Representado com chifres de cervo, sentado de pernas cruzadas, ele segura ou usa um torque e um saco de moedas ou grãos. Seus símbolos são os cervos, as serpentes com chifres, os cães, touros ratos e a cornucópia, representando sua ligação com a abundância e a fertilidade.

No Neopaganismo, Cernunnos é uma das divindades cultuadas como o deus da caça e do Sol. Na Wicca, a bruxaria moderna, ele representa o Deus Cornífero do Sol, consorte da Grande deusa Mãe, simbolizada pela Lua.

Dea Matrona, Deusa mãe

Dea Matrona, é a deusa associada ao arquétipo de mãe. O nome Matrona significa grande mãe e por isso ela é interpretada como uma deusa mãe. De seu nome se originou o rio Marne, rio tributário do famoso rio Sena na França.

A presença dessa deusa está atestada em estátuas produzidas para uso domésticos em altares e relicários, que apresentam esta deusa amamentando, carregando frutas ou até mesmo com filhotes de cães em seu colo.

Ela é encarada como uma deusa tríplice, pois em muitas regiões ela era parte das Matronae, um conjunto de três deusas difundidas no Norte da Europa. Seu nome está associado também a Modron, outra personagem da mitologia galesa.

Belenus, Deus do Sol

Belenus é o deus do Sol, também associado à cura. Seu culto foi difundido em muitas áreas desde as Ilhas Britânicas, Península Ibérica até a Península Itálica. Seu santuário principal era em Aquileia, na Itália, próxima à fronteira com a Eslovênia.

Ele é comumente identificado como Apollo, deus grego do Sol, devido ao seu epíteto Vindonnus. Algumas de suas imagens mostram-no acompanhado por uma mulher, cujo nome é muitas vezes interpretado como Belisama ou Beléna, uma divindade da luz e da saúde. Belenus é associado com cavalos e com a roda.

Epona, Deusa da terra e protetora dos cavalos

Épona é a deusa da terra e protetora dos cavalos, pôneis, mulas e burros. Seus poderes estão relacionados à fertilidade, pois suas representações contêm páteras, cornucópias, espigas e potros. Juntamente com sues cavalos, ela guia as almas das pessoas para o pós-vida.

Seu nome significa a ‘Grande Égua’ e era frequentemente cultuada por ser a patroa da cavalaria dos soldados durante o Império Romano. Muitas vezes, Epona é associada a Demeter, pois, a forma arcaica desta última deusa chamada Demeter Erinys, também possuía uma égua.

Os deuses celtas e a Mitologia Celta Irlandesa

Xamã celta.

A mitologia celta de origem irlandesa é bastante referenciada no mundo. Ela narra história de heróis, deuses, magos, fadas e seres mitológicos. Nesta seção, você conhecerá suas divindades principais, desde o poderoso Dagda até a idolatrada Brigit.

Dagda, Deus da magia e abundância

Dagda é o deus da magia e da abundância. É visto como um rei, druida e pai, e integra os Tuatha Dé Danann, uma raça sobrenatural da mitologia irlandesa. Seus atributos são a agricultura, a virilidade, força, fertilidade, sabedoria, magia e druidismo.

Seu poder controla o clima, o tempo, as estações e as lavouras. Dagda é também o senhor da morte da vida e é visto como um homem de baba longa ou até mesmo um gigante, trajando um manto com capuz.

Seus objetos sagrados são um cajado mágico, além de uma harpa mágica capaz de controlar as emoções e alterar as estações, além do Caldeirão de Dagda, ‘coire ansic’, que nunca fica vazio. Ele é consorte de Morrígan e seus filhos incluem Aengus e Brigit.

Lugh, Deus dos ferreiros

Lugh é o deus dos ferreiros e uma das divindades mais populares da mitologia irlandesa. Ele é um dos Tuatha Dé Danann e é representado como um rei, guerreiro e artesão. Seus poderes estão ligados à habilidade e maestria em diversos ofícios, especialmente a ferraria e as artes.

Lugh é o filho de Cian e Ethniu e seu objeto mágico é uma lança de fogo. Seu animal companheiro é o cão Failinis.

Ele é o deus da verdade e está conectado ao festival sazonal da colheita conhecido por Lughnasadh, o qual faz parte da liturgia da religião Wicca, por ser um Sabbath maior, celebrado em 1º de agosto no hemisfério Norte e, no caso do Hemisfério Sul, no dia 2 de fevereiro.

Morrigan, Deusa rainha

Morrigan, também conhecida por Morrígu, é a deusa rainha. Sue nome significa grande rainha ou até mesmo rainha fantasma. Ela está comumente associada à guerra e ao destino, prevendo principalmente o destino daqueles que estão em batalha, concedendo a eles vitória ou a morte.

Ela é representada por um corvo, conhecido por ‘badb’ e é comumente responsável por incitar vitória sobre inimigos no campo de batalha e por ser uma deusa guardiã do território e do seu povo.

Morrigan é também considerada uma deusa tríplice, conhecida por as Três Morrígna, cujos nomes são Badb, Macha e Nemain. Ela representa também o arquétipo de esposa ciumenta com o poder de mudar de forma e está associada à figura da banshee, um espírito feminino que serve como arauto da morte.

Brigit, Deusa da fertilidade e fogo

Brigit é a deusa da fertilidade e do fogo. Seu nome em irlandês antigo significa “a exaltada” e ela é uma dos Tuatha Dé Danann, filha de Dagda e esposa de Bres, o rei dos Tuatha e com quem teve um filho chamado Ruadán.

Ela é uma divindade bastante popular devido à sua associação com a cura, sabedoria, proteção, ferraria, purificação e animais domésticos. Quando o Cristianismo foi introduzido na Irlanda, o culto de Brigit resistiu e por isso seu culto passou por sincretismo, originando Sant Brígida.

Brigit é uma figura central do Neopaganismo e seu dia é celebrado no da 1º de fevereiro no Hemisfério Norte, momento em que as primeiras flores da primavera começam a surgem durante o degelo.

Finn Maccool, Deus gigante

Finn McCool é um guerreiro e caçador mítico que está presenta na mitologia da Irlanda Escócia e Ilha de Man. Ele também é conhecido por Fionn mac Cumhaill e suas histórias são narradas pelo seu filho, o poeta Oisín no Ciclo feniano.

Em seu mito, ele é filho de Cumhall, líder dos Fianna e Muirne. Conta a história que Cumhall precisou raptar Muirne para casar-se com ela, pois o pai dela negou sua mão. Cumhall então pediu intervenção do rei Conn que o baniu de seu reino.

Então, surgiu a Batalha de Cnucha, na qual Cumhall batalhou contra o rei Conn, mas que acabou morto por Goll mac Morna, que assumiu a liderança de Fianna.

Cuchulainn, O Guerreiro

Cuchulainn é um semideus irlandês, que figura nas histórias do Ciclo do Ulster. Acredita-se que ele é uma encarnação do deus Lugh, que também é considerado ser seu pai. Cuchulainn se chamava nome Sétana, mas mudou seu nome após ter matado o cão de guarda de Culann como autodefesa.

Ele é visto lutando em sua carruagem puxada por Láeg, seu fiel cocheiro, e puxada pelos seus cavalos Liath Macha e Dub Sainglend. Suas habilidades de guerreiro o fizeram famoso aos 17 anos na batalha de Táin Bó Cúailnge contra Ulster.

De acordo com a profecia, ele ganharia fama, mas sua vida seria curta. Na Batalha de Ríastrad, ele se torna um monstro irreconhecível que não consegue discernir amigos de inimigos.

Aine, Deusa do amor

Áine é a deusa do amor, da agricultura e fertilidade que está associada ao verão, à riqueza e soberania. Ela é representada por uma égua vermelha, ligada ao verão e sol. É a filha de Egobail e, como deusa do amor e fertilidade, controla as lavouras e os animais. Em outras versões de seu mito, é filha do deus do mar, Manannán mac Lir e seu festival sagrado é celebrado na noite do solstício de verão.

Na Irlanda, o Monte Knockainey foi nomeado em sua homenagem, pois lá ocorriam rituais em seu nome, envolvendo a energia do fogo. Alguns grupos irlandeses como os Eóganachta e o clã dos FitzGerald alegam ser descendentes da deusa. Presentemente ela é chamada de A rainha das Fadas.

Badb, Deusa da Guerra

Badb é a deusa da guerra. Seu nome significa corvo e este é o animal no qual ela se transforma. Ela conhecida também como o corvo de batalha, Badb Catcha, e causa medo e confusão nos combatentes inimigos para que aqueles que estão sobre suas bênçãos saiam vitoriosos.

Ela geralmente aparece como um sinal de qual alguém vai morrer ou simplesmente como uma sombra para indicar o massacre e carnificina que acontecerá. Por aparecer gritando pavorosamente, ela é associada às banshees. Suas irmãs são Macha e Morrigan, formando uma trindade de deusas guerreiras, as Três Morrígna.

Bilé, Pai dos deuses e dos homens

Bilé é uma figura considerada coo pai dos deuses e dos homens. De acordo com o mito, Bilé era um carvalho sagrado que, quando se uniu à deusa Danu, deixou cair três bolotas gigantes sobre o chão.

A primeira bolota de carvalho se tornou um homem. Dela surgiu o Dagda, o bom deus. A segunda deu origem a uma mulher, que se tornou Brigid. Brigid e Dagda olharam um para o outro e coube a eles trazer ordem ao caos primordial e para as pessoas da terra e os filhos de Danu. O papel de Bilé era guiar as almas dos druidas mortos para o Outro Mundo.

Os deuses celtas e a Mitologia Celta Galesa

Uma moeda celta.

A mitologia celta de origem galesa tem suas raízes no país de Gales. Seu folclore engloba uma rica literatura oral, que inclui parte do ciclo de lendas arthurianas. Confira.

Arawn

Arawn é o deus regente do outro mundo, o reino de Annwn, para onde as almas dos mortos vão. De acordo com o folclore galês, os cães de Annwn passeiam pelos céus durante o outono, inverto e no início da primavera.

Durante esta caminhada, os cães fazem um barulho que se assemelham aos sons dos ganchos que migram durante este período pois são espíritos migradores que tentar escapar da perseguição que os levariam para Annwn. Devido à forte influência do cristianismo, o reino de Arawn foi equiparado ao inferno dos cristãos.

Aranrot

Aranrot ou Arianrhod é a filha de Dôn e de Belenos e irmã de Gwydion. É a deusa da terra e da fertilidade, responsável pelas iniciações. De acordo com seys mitos, ela possuía dois filhos, Dylan ail Don e Lleu Llaw Gyffes, aos quais deu a luz através de sua magia.

O mito do nascimento de Dylan, acontece quando Gwydion sugere que testem a virgindade de sua irmã. Para testar a virgindade da deusa, Math pede para que ela suba em sua varinha mágica. Ao fazer isso, ela dá à luz a Dylan e Lleu, este último amaldiçoado pela própria deusa. Sua morada era o castelo estelar Caer Arianrhod, cuja localização é na constelação da Coroa do Norte.

Atho

Atho é uma divindade galesa, provavelmente chamada de Addhu ou Arddhu. Doreen Valiente, famosa bruxa inglesa e autora do Livro 'Enciclopédia da Bruxaria', Atho é “o escuro”. Ele é considerado uma representação do Homem Verde, conhecido em inglês por Green Man.

Um de seus símbolos é um tridente e por isso ele está associado ao deus Mercúrio da mitologia romana. Em alguns covens, grupos de bruxos modernos, Athos é reverenciado como um deus cornífero, sendo o guardião dos mistérios da magia.

Beli

Beli é um deus galês, pai de figuras importantes da mitologia galesa como Cassivellaunus, Arianrhod e Afallach. Consorte de Dôn, ele é conhecido por Beli, O Grande (Beli Mawr), ele é considerado o mais antigo ancestral dos galeses e muitas linhagens reais são originárias dele.

No sincretismo religioso, ele é citado como marido de Ana, prima de Maria, a mãe de Jesus. Devido à semelhança do seu nome, Beli é comumente associado a Belenus.

Dylan

Dylan ail Don, m português, Dylan da Segunda Onda, é segundo filho de Arianrhod. Considerado o deus do mar, ele representa a escuridão, enquanto seu irmão gêmeo Lleu Llaw Gyffes representa a luz. Seu símbolo é um peixe prateado.

De acordo com seu mito, ele foi assassinado pelo seu tio e após a sua morte, as ondas batiam com bastante violência na praia simbolizando o desejo pela vingança por terem perdido seu filho. Até o presente, o barulho do mar encontrando o rio Conwy, no norte de Gales, o gemido de morte do deus.

Gwydion

Gwydion fab Dôn é um mago e mestre da magia, trapaceiro e herói da mitologia galesa, que podia mudar de forma. Seu nome significa “nascido das árvores” e, de acordo com Robert Graves, ele é identificado com o deus germânico Wōden e suas histórias estão contidas principalmente no Livro de Taliesin.

Na Batalha das Árvores, que narra o embate entre os filhos de Dôn e o poder de Annwn, o irmão de Gwydion, Amaethon, rouba uma corça branca e um filhote de cão de Arawn, o governante do outro mundo, o que desencadeia a batalha.

Nesta batalha Gwydion usa seus poderes mágicos para juntar forças contra Arawn e consegue formar um exército de árvores para vencer a batalha.

Mabon

Mabon é o filho de Modron, figura feminina relacionada à deusa Dea Matrona. Ele é membro da comitiva de batalha do Rei Arthur e seu nome está relacionado ao nome do deus britânico chamado Maponos, cujo significado é “Grande Filho”.

No Neopaganismo, em especial na Wicca, Mabon é o nome do segundo festival da colheita, que ocorre no dia do equinócio de outono, por volta de 21 de março no Hemisfério Sul e 21 de setembro no Hemisfério Norte. Por isso, ele está associado à metade mais escura do ano e à colheita.

Manawyddan

Manawyddan é o filho de Llŷr e irmão de Brân o Abençoado e Brânwen. Sua aparição na mitologia galesa faz referência à primeira parte do seu nome, que é uma forma aparentada do nome do deus do mar na mitologia irlandesa, chamado Manannán mac Lir. Esta hipótese sugere que ambos surgiram de uma mesma divindade comum.

No entanto, Manawyddan não é relacionado com o mar, a não ser o nome do seu pai, Llŷr, que significa mar em galês. Ele é atestado na literatura galesa, em especial na terceira e segunda partes do Mabinogion, bem como na poesia medieval de Gales.

Rhiannon

Rhiannon é uma figura importante da coletânea de histórias galesas chamada Mabinogion. Ela está relacionada a três pássaros místicos chamados as Aves de Rhiannon (Adar Rhiannon), cujos poderes despertam os mortos e ninam os vivos para dormir.

Ela é vista como uma mulher poderosa, inteligente, beleza e famosa devido à sua riqueza e generosidade. Muitos a associam ao cavalo, relacionando-a com a deusa Epona.

Sua condição de deusa é bastante nebulosa, mas especialistas sugerem que ela integrava parte do panteão proto-celta. Na cultura popular, Rhiannon ficou conhecido devido à canção homônima do grupo FleetwoodMac, especialmente devido a aparição da cantora Stevie Nicks no seriado American Horros Story Coven.

Há semelhanças entre Deuses Celtas e Deuses Gregos?

Pedra celta.

Sim. Isto ocorre, pois os Deuses celtas e os Deuses gregos possuem uma raiz comum: o povo indo-europeu, que originou grande parte dos povos que habitam a Europa. Existem hipóteses científicas sobre a existência deste povo antigo que praticava uma religião com muitos deuses.

Por este motivo, existem muitas semelhanças entre os deuses de mitologias europeias em geral, pois acredita-se que à medida que o tempo passava e os povos se dispersavam pelo continente, antigos deuses acabavam ganhando novos nomes, que eram, na verdade, apenas epítetos de deuses ancestrais.

Algumas das correspondências já foram citadas ao longo deste artigo, como é o caso de Lugh, que é relacionado a Apollo, e Epona que encontra sua correspondência com a grega Deméter, dentre outros. Isto também revela que a humanidade compartilha muitos traços em comum e indica que é possível encontrar a mesma essência divina, até mesmo por caminhos diferentes.

Autor deste artigo

Entusiasta dos saberes tradicionais e milenares, escreve sobre o tema nas horas vagas.

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