Virgem Maria: história, nascimento, símbolos, na Bíblia e mais!

Virgem Maria: história, nascimento, símbolos, na Bíblia e mais!

A história da Mãe de Jesus é até os dias de hoje um mistério e uma prova de fé para os cristãos. Entenda tudo sobre essa figura materna histórica e espiritual!


Quem foi a Virgem Maria?

Imagem da Virgem Maria de braços abertos sendo iluminada pelo sol

A Virgem Maria foi a mulher escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus, seu filho encarnado na Terra. Conta a história bíblica que Deus teria escolhido a bendita entre as mulheres para dar a luz a seu filho direto, que viria a Terra para salvar a humanidade.

Para isso, teria escolhido uma mulher virgem, cujo filho seria concebido pelo poder do Espírito Santo. Esse é o milagre chamado de imaculada conceição, em que uma mulher virgem dá a luz a um filho de Deus.

Assim, Maria é um exemplo de mulher e de mãe para toda a humanidade, a encarnação do amor incondicional e intercessora dos homens com Deus. Acompanhe neste artigo as principais questões da vida da Virgem Maria, como sua história, sua presença na Bíblia e a sua força enquanto símbolo feminino.

A história de Virgem Maria

Quadro da Virgem Maria segurando uma criança e sendo observada por uma mulher

A escolha de Deus pela Virgem Maria, de Nazaré, não foi aleatória. A Bíblia conta que dentre todas as mulheres vivas na Terra na época, Deus escolheu aquela que seria a melhor de todas para ser mãe de seu filho.

Maria era de fato uma mulher especial, apesar de ter origem simples.

Confira a seguir os principais aspectos da vida da Virgem Maria, como sua família, seu nascimento e o fato de ser ela a partir daquele momento, o elo de união entre a Terra e o céu.

Família de Virgem Maria

A Virgem Maria nasceu na cidade da Galiléia, em Nazaré, e seus pais eram Joaquim, da tribo do profeta Rei David, e Anna, da tribo do primeiro sacerdote Aarão. O casal já tinha idade avançada e até então eram estéreis. A esterilidade era considerada um castigo divino e por isso o casal enfrentou muitas dores de seus conterrâneos.

Por meio da fé, pediram por toda a vida para ter um filho e Maria foi como uma recompensa por tanta devoção. A vida de Maria por si só já é uma história de luta e fé e também por isso foi escolhida para ser a mãe do filho de Deus.

Nascimento de Maria

O nascimento da Virgem Maria ocorreu no dia 08 de setembro do ano 20 a.C. É nesta data que as Igrejas Católica e Anglicana reconhecem que se deu o nascimento da mãe de Jesus, filho de Deus.

Os pais de Maria eram já velhos e estéreis, mas de muita devoção. Assim, o nascimento de sua filha seria um presente dos céus, para recompensar a resiliência daqueles fiéis, pois além de ser uma mulher iluminada e ótima filha, seria ela a mãe de Deus na Terra.

Elo de união entre a terra e o céu

Maria é comumente chamada de mãe intercessora pois a ela é atribuído esse papel de pedir a Deus em favor de Jesus, como ocorre com todas as mães. Isso porque o amor que brota com a maternidade é responsável por fazer que essa mulher pense mais em seu filho do que em si mesmo.

A intercessão é justamente esse momento em que Maria, com toda sua existência, pede aos céus pelo bem de seu filho na Terra. É por essa razão que ela se revela um elo de união entre a terra e o céu, pois por meio de suas orações, o propósito divino atende seus pedidos e promove a paz de acordo com suas intenções.

Mãe, educadora, formadora

À Maria não coube apenas a missão de dar à luz Jesus Cristo, filho de Deus na Terra, mas também, e principalmente, de educá-lo, enquanto seu filho.

É por essa razão que os valores de Maria foram o que de verdade a elegeram para ser mãe do filho de Deus. Era da vontade de Deus que seu filho fosse criado por uma mãe pura, sem pecados, para que assim fosse também seu filho. A ligação de Maria e Jesus, muito mais que de sangue, é também de conduta, valores, moral e atitudes, como todo filho tem com sua mãe.

Bendita entre as mulheres

Maria, Mãe de Deus é chamada de bendita entre as mulheres porque foi assim que o Anjo Gabriel a ela se referiu quando apareceu para anunciar a gravidez de Jesus.

Assim, dentre todas as mulheres daquela região, e do mundo naquele momento, foi Maria a escolhida para ser mãe do filho de Deus, e por isso é tida como bendita. Maria era uma mulher de muita integridade moral, ética, amorosa e todas essas qualidades fizeram com que ela fosse a escolhida para educar Jesus.

A presença de Virgem Maria na Bíblia

Estátua da Virgem Maria com um lado do rosto no escuro

Não são muitas as passagens da Bíblia que mencionam a Virgem Maria, mas naquelas em que ela aparece, são extremamente intensas e cheias de provas de fé.

A seguir estão algumas passagens importantes da Virgem Maria na Bíblia, como sua presença na vida de Jesus, Maria modelo de discípula e suas constantes provas de fé. Confira.

Maria, presença forte na infância de Jesus

De acordo com o Novo Testamento da Bíblia, a participação de Maria na vida de Jesus se deu principalmente durante a infância. Até então, Maria cumpria o papel de uma mãe comum, de educar o filho. A Sagrada Família, como são chamados Jesus, Maria e José, estava sempre unida.

Uma das passagens mais marcantes da presença de Maria na vida de Jesus na infância é quando ela se dá conta que o filho não está, e o encontra no templo, discursando para os doutores. Em seguida ele diz a ela que estava cuidando dos negócios de seu pai. Maria era, assim, uma cuidadora preocupada e atenta do filho de Deus, como todas as mães são.

Maria modelo de discípula

É no evangelho de Lucas que se reconhece Maria como modelo de discípula, motivo pelo qual teria sido escolhida para ser mãe de Jesus. Já no antigo testamento, há a imagem de que o bom discípulo é aquele que ouve a palavra de Deus, guarda e dá os frutos de perseverança. E foi justamente por esse padrão de conduta que Maria foi escolhida.

Assim, Maria era modelo de discípula pois, além de conhecer a palavra de Deus, sabia acolher os ensinamentos e agir no mundo de forma a florescer os ideais divinos. É isso que a torna verdadeira discípula e que a elegeu como mãe do filho de Deus.

Maria caminha na fé

A vida de Maria é uma prova de fé, e a forma com que ela sempre conseguiu obter a graça divina foi caminhando na fé. Maria foi uma mulher que passou por muitas e intensas provações por sua vida. Ser a mãe do filho de Deus, com origem pobre, vivendo o milagre da imaculada conceição (gravidez pelo Espírito Santo) sempre fez dela alvo de ataques e preconceitos.

No entanto, Maria sempre enfrentou a tudo e a todos com a certeza de sua fé, até porque Deus mostrou-se pra ela como a mais ninguém, primeiro enviando o anjo Gabriel, e depois permitindo que ela engravidasse ainda virgem.

Maria nos Atos dos Apóstolos

Nos atos dos apóstolos, ou seja, o momento do novo testamento após a morte de Jesus e início dos ministérios dos apóstolos, Maria surge como a rocha firme dentre os seguidores de Cristo para o novo mundo. Isso porque os apóstolos tinham muito medo de perseguição dos judeus, tendo sido Jesus perseguido e morto.

É Maria que renova a fé de todos, defendendo a fé no Espírito Santo. Este é o grande momento em que Maria prova novamente sua fé infinita, pois é ela que conduz, agora como mãe da humanidade, a fé e os ensinamentos de Deus para a difusão do cristianismo no mundo.

Culto ao feminino por meio de Virgem Maria

Quadro representando o rosto da Virgem Maria

A relação entre a força feminina e a Virgem Maria é complexa, pois esta, que foi escolhida para ser a mãe do filho de Deus deveria servir de fonte inesgotável para o reconhecimento da responsabilidade da figura feminina na criação da humanidade.

Contudo, o fato de ter se escolhido uma virgem para dar a luz ao filho de Deus, distorceu a imagem de Maria, como uma mulher submissa e de pouca sexualidade, o que não é verdade.

Acompanhe a seguir a análise dessa questão, como a questão da virgindade, a diminuição da sexualidade feminina e a contradição existente.

A virgindade

A virgindade é provavelmente a questão mais intrigante em relação a Maria, pois é justamente a virgindade da mãe de Deus que comprova o milagre da fé, pois o filho seria obra direta do Espírito Santo. A mãe de Jesus deveria ser uma virgem para mostrar a humanidade que aquele somente poderia ser filho direto de Deus.

Contudo, a virgindade de Maria acabou sendo distorcida, para justificar uma visão patriarcal de que a sexualidade feminina seria uma coisa ruim, ou que a pureza de uma mulher fosse determinada pelas relações sexuais que ela tivesse.

Uma líder de mente forte

Ao contrário do que muitos pensam, Maria não era uma mulher submissa ou passiva. Essa imagem também está, erroneamente, associada à sua virgindade. Na verdade, Maria era uma mulher de mente forte, decidida, dedicada à família não por subserviência, mas por amor, o que fazia com que ela fosse dura diversas vezes, visando proteger os que amava e o que acreditava.

Foi também uma mulher de muita força, pois além de engravidar antes do casamento, sem ser de seu marido, o que por si só lhe tornava alvo de preconceitos, esteve ao lado de Jesus por toda sua vida, tendo suportado toda a dor de ver seu filho padecer, mesmo que soubesse de sua divindade.

Diminuição da sexualidade feminina

A questão controversa envolvendo a Virgem Maria se dá em relação à sua virgindade, pois essa valorização da mulher intocada sexualmente poderia significar que a sexualidade feminina é algo ruim. Na verdade, essa é apenas uma interpretação alinhada ao patriarcado, que rege de alguma forma o pensamento moderno.

A virgindade de Maria como mãe de Jesus vem para provar o milagre da fé, uma vez que Jesus é filho do Espírito Santo, e isso se comprova pela virgindade de Maria. Além disso, Maria e José teriam tido outros filhos, o que dissolve essa teoria da virgindade e da sexualidade anulada da mãe do filho de Deus.

A contradição

A suposta contradição em relação à Maria está no fato de que esta mulher que seria o símbolo da força feminina na história cristã da humanidade era uma mulher virgem, o que tiraria de todas as mulheres o direito de explorar sua sexualidade, por ser supostamente este o pressuposto para se tornar uma mulher divina.

Na verdade, essa é uma interpretação carregada de machismo, pois a virgindade de Maria apenas servia para provar que Jesus era filho do Espírito Santo. Ela não teria sido escolhida por ser virgem, mas sim por ser a mulher impecável que era, que Deus escolheu para ser mãe de seu filho.

Símbolos de Virgem Maria

Estátua de Maria encostada na cruz

A Virgem Maria é uma das figuras mais presentes e intensas no cristianismo e em todos os seus desmembramentos, e por isso há inúmeros símbolos que a representam, desde flores, a cânticos, adornos, pinturas, perfumes, etc. Representar a Virgem Maria é uma forma de trazer a ideia do amor incondicional, da pureza e da redenção.

Acompanhe a seguir e explicação da relação de cada um dos principais símbolos à figura da Virgem Maria, como o lírio, a rosa, a pera, a amêndoa, entre outros.

O lírio

O lírio aparece como símbolo da Virgem Maria, pois a essa flor são associadas às qualidades da beleza e perfume sublimes, assim como a sabedoria, a dignidade e o matrimônio. Na verdade, essa simbologia tem origem no Cântico dos Cânticos: “Eu sou a Rosa de Saron, o Lírio dos vales”.

É possível encontrar menções à Virgem Maria também como Nossa Senhora do Lírio, mãe de Jesus. Essa flor une a beleza do corpo, da alma e do espírito, assim como Maria, imaculada em todos os sentidos.

Rosa Mística

A Virgem Maria também é conhecida como Rosa Mística, sendo nesse caso Nossa Senhora Rosa Mística. Essa menção se refere principalmente à forma como é conhecida na Itália, onde ela teria aparecido nos anos de 1947 a 1984.

A rosa é comumente associada à Virgem Maria, referindo-se ao amor ou à pureza, a depender de sua cor. Há também a imagem da rosa e dos espinhos, sendo o sofrimento e a redenção, que sempre marcaram a vida da mãe do filho de Deus.

A íris

Íris é um gênero de flor que inclui mais de 300 espécies de flores, a qual pertence a flor-de-lis. A imagem da íris é associada à realeza francesa, e por isso a Virgem Maria era retratada com íris, pois ela seria a rainha do céu.

No Egito antigo, a flor representava fé, coragem, sabedoria e vida após a morte. Todas essas virtudes são associadas também à Virgem Maria, e por isso todo esse grupo de flores é associado à mãe de Jesus.

A pêra

A pera também é historicamente associada à Virgem Maria. Esse fato tem origem na simbologia da pêra, de pureza. Na essência simboliza a paixão de Cristo, mas como a fruta tem uma energia bastante feminina, passou a ser a representação da mãe de Cristo.

As flores da pereira também têm relação com a simbologia, pois são flores brancas, que simbolizam o sofrimento e as dores, mas também a paz, a pureza e a redenção, elementos principais da representação da vida de Cristo, desde a concepção pela imaculada conceição.

Amêndoa

A Amêndoa é um símbolo de aprovação divina, e se tornou um símbolo da Virgem Maria pela passagem bíblica de números 17: 1-8, em que Aarão foi escolhido para ser sacerdote por sua vara de brotamento.

A passagem dizia “E eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, brotara, produzira gomos, rebentara em flores e dera amêndoas maduras. "

Pervinca e Amor-perfeito

A Pervinca é a flor que representa a pureza e a proteção, e por isso também é associada à Virgem Maria, como símbolo máximo desses atributos.

Amor-perfeito é a flor que é conhecida como erva da trindade e é associada ao amor de mãe, como o amor que não se acaba. Por isso é também associada à Virgem Maria, a mãe de todos e mãe do filho de Deus.

Flor-de-lis

A flor-de-lis é uma flor da família dos lírios e é uma flor muito associada à realeza no renascimento, e por isso também é retratada com os santos nas artes. Ela é dada a Virgem Maria como rainha do Céu.

Virgem Maria ainda hoje é um símbolo de fé?

Estátua da Virgem Maria de costas olhando para frente e o céu acima

A Virgem Maria é sem dúvida ainda hoje um símbolo de fé. Sua história é por si só uma demonstração do poder de Deus e da importância da fé e do amor incondicionais. Entender a trajetória de vida da Virgem Maria é compreender a grandeza do mistério, e que, por mais difíceis que sejam as situações, o poder de Deus é maior no cristianismo.

Maria é também a figura maior da maternidade, um exemplo de vida para todas as mulheres e mães. Isso porque seu filho teve talvez a vida mais árdua que um homem pode ter na Terra, e ela sempre esteve a seu lado e intercedeu para que a paz reinasse. Maria também era uma mulher forte, de personalidade.

Assim, a história de Maria continua inspirando fiéis e pessoas do mundo todo e de todas as religiões na verdade. Para os cristãos ela é uma mãe intercessora espiritual, e rodear-se de suas energias significa intencionar a paz, o amor e a fé.

Autor deste artigo

Graduada em direito, larguei a profissão para me dedicar ao que realmente me interessou em tudo isso: as palavras. Viajante e mais madura, começo a entrar no mundo mágico da espiritualidade com a fé de que o sobrenatural é o nosso guia na Terra para alcançar a iluminação. O conhecimento é a chave e a busca é o caminho. O Amor é a verdade.

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