20 frases interpretadas do livro O pequeno príncipe: sobre amor e mais!

Nesta obra literária que transcende épocas, culturas e gerações, encontramos frases que se tornaram contemplações importantes sobre a humanidade. No decorrer da narrativa, os pensamentos do personagem e suas interações com outros seres resultam em ponderações sobre o amor, o orgulho e a forma como valorizamos o que realmente importa na vida.

O pequeno príncipe é o livro infantil mais adulto, filosófico e belo que já existiu, sendo traduzido em praticamente todos os idiomas. As frases contidas nos diálogos se tornaram célebres e, por mais simples que sejam, carregam ensinamentos que ainda permanecem no subconsciente de quem lê este livro.

Acompanhe conosco tudo sobre esta obra literária e de que forma ela continua impactando gerações e culturas.

Trata-se da obra francesa mais traduzida da história. Isso por si só já é um fato muito relevante, pois temos na cultura francesa grandes expoentes literários, sendo a França berço de inúmeras correntes de pensamentos filosóficos.

O alcance e a versatilidade deste livro são monumentais, uma vez que já foi traduzido para mais de 220 línguas e dialetos desde a sua primeira edição.

Veja a seguir a origem do livro “O pequeno príncipe”, assim como o enredo da história. Analisaremos também se esta obra pode ser considerada um livro infantil.

Ao falar sobre a origem do livro “O pequeno príncipe”, ou “Le Petit Prince” em francês, devemos, antes de tudo, falar sobre a vida do autor, o aviador, ilustrador e escritor Antoine de Saint-Exupéry, que nasceu na França no ano de 1900.

Interessado pelas artes desde criança, Antoine de Saint-Exupéry acabou tornando-se piloto de linha aérea, sendo posteriormente convocado para a segunda guerra mundial.

Em um de seus voos anteriores à guerra, sua aeronave acaba caindo no deserto do Saara e o relato em detalhes deste incidente resultou no livro “Terre des hommes” (1939), obra que inspirou “O pequeno príncipe” (1943).

Antoine de Saint-Exupéry morreu um ano após de ter escrito “O pequeno príncipe” em um acidente aéreo no litoral sul da França em uma missão de guerra, não tendo então visto o sucesso de sua obra.

De cunho autobiográfico, “O pequeno príncipe” se inicia com uma história de infância na qual o autor, aos 6 anos de idade, faz um desenho de uma jiboia engolindo um elefante. No relato, ele conta como os adultos não enxergavam o que ele havia desenhado e interpretavam a figura apenas como um chapéu. Há neste momento do livro uma reflexão de como perdemos nossa sensibilidade ao nos tornarmos adultos.

Desta forma, ele conta como não teve o incentivo para adentrar o mundo das artes, o que resultou posteriormente na sua carreira na aviação. A narrativa continua descrevendo os momentos após o acidente aéreo no deserto do Saara, onde ele acorda e se depara com uma figura de um menino de cabelos loiros e cachecol amarelo.

O garoto pede para que ele desenhe um carneiro, e então Antonie lhe mostra o desenho que fez quando criança e, para sua surpresa, a misteriosa figura do garoto consegue enxergar a jiboia engolindo um elefante.

O pequeno príncipe explica para Antoine o motivo de precisar de um desenho de carneiro. Isso se dá pelo fato de que no pequeno planeta asteroide em que ele vive (Chamado B-612) existe uma árvore chamada baobá, que são plantas que crescem muito, tornando-se uma preocupação para o pequeno príncipe, pois poderiam tomar todo o planeta. Desta forma o carneiro comeria o baobá, acabando com a ocupação do planeta.

Neste pequeno planeta o pequeno príncipe conta que existem 3 vulcões, e que apenas um deles é ativo. Ele conta também que sua única companhia era uma rosa que fala, e que para passar o tempo gostava de admirar as estrelas e o pôr do sol.

Ao longo da narrativa, o autor ouve as histórias do peculiar garoto de cabelos loiros e suas aventuras. Como ele saiu do pequeno planeta por orgulho da rosa e os relatos de suas visitas a outros planetas. Personagens interessantes surgem durante a narrativa, como a raposa, com diálogos incríveis e cheios de reflexões.

Podemos dizer que “O pequeno príncipe” é um livro multigênero, adequando-se ao público de todas as idades. Apesar de ser repleto de ilustrações e não ser um livro grande nem de leitura difícil, “O pequeno príncipe” surpreende pela forma singela que aborda temas existenciais.

Quem lê o livro pela primeira vez na fase adulta se assusta e se encanta, pois ele nos permite realizar reflexões profundas que, muitas vezes, simplesmente não nos damos conta ao decorrer da vida. Além disso, esta obra resgata sentimentos puros de inocência que cada humano carrega em si, mas que se perde ao longo do tempo.

Esta obra é amplamente utilizada pedagogicamente por escolas mundo afora, sendo inclusive incluída em listas de livros essenciais para a educação infantil. Os ensinamentos ali presentes ajudam a formação do indivíduo quanto a questões intimamente relacionadas ao caráter, à julgamentos e à forma que se leva a vida valorizando as pequenas coisas como olhar as estrelas e assistir ao pôr do sol.

Escolher apenas 20 frases relevantes do livro “O pequeno príncipe” não é tarefa fácil, pois ele é, como um todo, formado por lindas lições em formas de sentenças.

Interpretaremos a seguir 20 destas frases que tratam de temas como a responsabilidade dos nossos atos, solidão, julgamento perante as pessoas e de sentimentos como o ódio e o amor.

Veremos também sentenças marcantes da obra que se referem à vaidade, ao amor, a sentimentos de perda e de união.

Esta frase nos convida a refletir sobre como tudo que nos acontece na vida é resultado direto de nossas ações, principalmente em relação às outras pessoas.

A frase é dita pela raposa (um dos personagens do livro) ao pequeno príncipe, referindo-se que ele cativou a rosa, tornando-se responsável por ela.

Temos nesta passagem do livro um grande ensinamento sobre responsabilidade emocional quanto ao que cativar nas pessoas, seja para o lado bom de amor e afeição ou pelo lado ruim de conflitos e inimizades. O que despertamos nos outros é de inteira responsabilidade nossa, seja um sentimento bom ou um sentimento ruim.

Encontramos nesta sentença uma reflexão sobre egoísmo, ego e solidão. Todos nós em algum momento da vida buscamos o nosso próprio bem em detrimento da comunidade que nos cerca seja no âmbito social ou familiar.

Ao construir muros nos cercando ao invés de pontes nos conectando, nos tornamos solitários e sozinhos. Por mais óbvia que a frase possa soar, a vida acaba nos forçando a construir muros ao invés de pontes. Se esta pequena, mas significativa frase fosse seguida a risca, com certeza teríamos um mundo bem melhor.

Esta passagem do livro trata do perigo que existe quando nos entregamos emocionalmente. É da natureza humana cativar-se em algum momento da vida, o que gera expectativas e, consequentemente, frustrações.

O “chorar” utilizado na frase vem de encontro às decepções que a entrega inevitavelmente acarreta. Somos seres complexos e cada qual é um universo à parte. Portanto, o “risco de chorar” é sempre presente em nossas vidas, já que, tratando-se de seres humanos, atitudes que decepcionam são quase sempre certas de acontecer.

Esta sentença refere-se à facilidade que temos em julgar pessoas e situações, mas não a nós mesmos. Por mais que nos esforcemos para evitar este tipo de comportamento, acabamos por projetar nas pessoas aquilo que nos incomoda internamente. Afinal de contas é muito mais cômodo e fácil ver o defeito alheio do que o nosso próprio.

Este trecho do livro é como um lembrete para uma reflexão sobre julgamentos. É bom sempre lembrar e repetir esta frase como se fosse uma espécie de mantra. O julgamento, seja de qual forma ele for, é injusto e destrói relações e reputações.

“O pequeno príncipe” é um livro que nos resgata a pureza e inocência da infância, e essa frase refere-se justamente a isso. Todos nós um dia já fomos criança, mas o amadurecimento nos faz esquecer-se disso, encarando a infância apenas como uma fase distante no passado.

É um recado para nunca esquecer que sempre teremos uma criança dentro de nós e que, ao crescermos e nos tornarmos adultos, não podemos deixar de apreciar as pequenas coisas da vida.

O livro encanta diversas gerações justamente por refazer este elo entre criança e adulto que o impiedoso “Senhor Tempo” insiste em quebrar.

Relacionar-se com alguém, seja sob o aspecto familiar, profissional ou afetivo, envolve lidar com expectativas. Esta frase do livro nos lembra de que não podemos exigir ou cobrar tanto o que esperamos das pessoas.

As demonstrações de sentimentos e afeto devem ser naturais, ou seja, devemos receber e aceitar das pessoas aquilo que elas possam e queiram nos oferecer, para que, da mesma forma, possamos também oferecer e sermos aceitos por quem amamos.

Vemos aqui uma reflexão sobre a diversidade e a variedade de escolhas e caminhos que a vida nos oferece. Quantas vezes já não nos perguntamos aonde a vida teria nos levado se tivéssemos tomado caminhos diferentes?

O livro nos lembra neste trecho que experimentar novos rumos, novos ares e caminhos pode nos levar muito mais adiante em termos de planos e experiências.

Esta passagem fala sobre como devemos encarar situações e momentos ruins com resignação e fé, pois assim momentos melhores virão.

Também se refere à forma como passamos por momentos em que nos encontramos emocionalmente abalados, mas eventualmente ocorre uma transformação para o bem, assim como as larvas tornam-se borboletas.

Esta frase é um recado claro de que não temos o direito de odiar tudo e todos devido a alguma situação negativa a qual passamos.

O ser humano tem a tendência a valorizar em excesso as ofensas que sofre, passando a usá-las como parâmetro para relações interpessoais futuras. Devemos encarar essas situações apenas como casos isolados, e não como desculpa para generalizar as pessoas.

Neste trecho da obra ocorre uma reflexão sobre status e imagem. Nos diz que o que importa na vida está mesmo em forma de coisas intangíveis como sentimentos, emoções e experiências, e não em coisas materiais, status ou aparências.

É parte da natureza humana a ambição de conquistas de riquezas e bens materiais, mas o que realmente importa são coisas que transcendem a matéria.

Por muitas vezes temos a tendência de retração e de nos isolarmos ao passar por alguma experiência ruim ou traumática. Esta frase do livro nos diz que os sofrimentos podem nos impedir de viver o lado bom da vida.

Devemos entender que estas coisas são parte da vida, mas que não podem ser fatores que nos impeçam de vivenciar de fato o que de bom nos acontece.

Temos aqui um trecho verdadeiramente belo do livro. Nele está contido um ensinamento de que o amor na verdade deve ser universal e sempre compartilhado e espalhado.

Guardar somente para si o amor que se tem dentro de você, de certa forma, impede que ele cresça, permaneça e se fortaleça.

Muitas vezes confundimos amor com carência afetiva, e o procuramos em pessoas as quais esperamos reciprocidade de sentimentos.

Nesta frase há a sabedoria de que, na verdade, o amor nada pede em troca, e nasce verdadeiramente quando essa concepção passa a ser totalmente entendida e colocada em prática.

Nesta passagem da obra nos é lembrado e afirmado que não há motivos ou razões para se amar. O amor em si é despretensioso e, quando verdadeiro, simplesmente acontece sem se esperar, planejar ou buscar.

É uma das frases dentre outras tantas que demonstram a pureza e sinceridade que o amor verdadeiro tem, transcendendo barreiras, intenções e expectativas.

É comum para todos nós focarmos em coisas que não são tão importantes em nossas vidas. Isto nos leva, muitas vezes, a não entendermos ou não enxergarmos direito situações de forma clara.

A frase nos mostra que devemos ter visões diferentes em relação a uma mesma coisa, seja alguém ou algum acontecimento ou situação. Isso nos fará ter outro ponto de vista, o que ajudará a ter um entendimento mais claro sobre tudo.

O entendimento dessa frase refere-se à importância que damos para aquilo ao que dedicamos. Quanto mais nos dedicarmos a alguma pessoa ou alguma coisa, mais ela se torna importante em nossas vidas.

Esta passagem do livro nos faz refletir, por outro lado, sobre como podemos nos enganar e julgar alguém importante em nossas vidas somente pelo fato de nos dedicarmos tanto a ela.

Esta frase diz muito sobre como pessoas de ego inflado se comportam diante dos outros. Quem se julga belo e tem a tendência de se preocupar com este aspecto geralmente se sente admirado por todos à sua volta.

É uma reflexão clara de que devemos tomar cuidado para nosso ego não subir a cabeça, nos tornando arrogantes e superficiais. Afinal de contas, devemos ser admirados não pela nossa aparência, mas sim pelo nosso caráter.

Muitos relacionamentos se desfazem pelo fato de uma das pessoas estar em sintonia dissonante em relação à outra. Esta frase faz uma referência ao fato de o amor ser mais forte se quem se ama seguir a mesma direção.

Pode ser entendida também como a importância de se trabalhar em conjunto. O coletivo, quando alinhado e tendo os mesmos objetivos, com certeza irá fazer um melhor trabalho do que o individual.

Esta frase é bastante significativa e nos dá uma dimensão da libertação que o poder do amor carrega. Vale ressaltar o contexto da Guerra Mundial que o mundo passava quando a obra foi escrita, o que dá uma significância ainda maior para a frase.

A libertação que o amor traz aos homens faz referência à paz e ao cuidado em relação à natureza e ao próximo. É apenas através do amor que a humanidade encontrará a evolução.

Finalizamos com esta linda e muito significativa frase de “O pequeno príncipe”. Ela nos traz o sentido de que, em nossas vidas, a interação com os outros indivíduos nos enriquece e torna nossa experiência de vida rica e engrandecedora.

Ao conviver com as pessoas, seja individualmente ou na sociedade como um todo, deixamos nossas impressões, nossas visões de mudo, nossos defeitos e nossas qualidades. Da mesma forma, somos influenciados pelo nosso meio e por quem quer que passe em nossas vidas, seja de forma negativa ou positiva.

De leitura leve e rápida, “O pequeno príncipe” se tornou um dos grandes ícones da literatura mundial. Abrange todas as faixas etárias e tornou-se popular em todo o globo, sendo referência de obra literária infantil mesmo que adultos e idosos o apreciem talvez até com mais entusiasmo que o público infantojuvenil.

A grande lição deste livro é justamente esta relação entre infância e fase adulta, e por isso a obra torna-se tão instigante para todas as faixas etárias. Seria uma espécie de jornada onde adultos reencontram sua criança interior e relembram como as pequenas e simples coisas da vida foram se perdendo ao longo dos anos.

Repleto de reflexões sobre amor, orgulho, amizade e a vida em geral em forma de frases marcantes, “O pequeno príncipe” pode ser grande alívio e praticamente uma terapia para o dia a dia.

Esta obra ainda permanece dentre as 100 mais lidas da história por sua relevância profunda e filosófica. Se você procura um livro que irá transformar a sua vida ou a sua visão sobre o mundo em geral, com certeza “O pequeno príncipe” é o livro mais indicado.