Conheça algumas deusas da Mitologia Grega: Afrodite, Ártemis e mais!

As deusas gregas são personagens mitológicos que, assim como os deuses, eram divindades de extrema importância, além de ser a personificação das emoções humanas, como, por exemplo, amor, inveja, sabedoria e a força. Além disso, cada uma delas possuíam atribuições fundamentais para a existência, dos mortais e imortais.

Devido aos seus inúmeros poderes, as deusas gregas eram entidades adoradas e reverenciadas pelos humanos e também pelos deuses. Logo, elas eram figuras centrais na continuidade da vida, no nascimento, na morte e no controle da agricultura, entre outros aspectos essenciais.

Existem diversas deusas da Mitologia Grega, porém, neste artigo separamos as principais divindades do Monte Olimpo, que são figuras populares e que, até hoje, são cultuadas e admiradas. Para conhecê-las, continue a leitura.

De acordo com a Mitologia, Afrodite é fruto da união entre o céu e o mar. A história conta que Cronos (o deus do tempo) cortou o órgão genital de seu pai, Urano (deus do céu), e o lançou ao mar. A partir daí, formou-se uma espuma, na qual dentro de uma concha surgiu Afrodite, já crescida e muito bela.

Por outro lado, existe outra história do surgimento dessa divindade. Afrodite é filha de Zeus (Deus dos deuses), com Dione (deusa das ninfas) e já nasceu adulta, na ilha de Creta. Conheça a seguir sobre as suas atribuições e como era adorada.

Devido à sua beleza estonteante, Afrodite era considerada a deusa da beleza, do amor e dos prazeres carnais. Com a sua aparência angelical, ela tinha o poder de encantar os deuses, mortais e outros seres vivos. A deusa do amor também influenciava o ciclo da vida, desde o nascimento até a morte dos seres humanos e animais.

O magnetismo que a deusa Afrodite provocava, sobretudo, nos deuses, a tornou alguém adorada, mas também temida, pois o seu alto poder de sedução despertava em outras deusas ciúmes e o desejo de vingança. No entanto, além dos seus atributos físicos, essa deusa era muito popular e tinha seguidores fiéis em todo o império grego.

Foram construídos diversos templos em sua homenagem, porém o mais conhecido ficava na cidade de Pafos, onde hoje está localizada a Turquia. Assim, ocorriam cultos a deusa, com oferendas e adoração à sua imagem. Além disso, acontecia o festival Afrodisia, entre os meses de junho e julho.

Do relacionamento extraconjugal entre Zeus (Deus do Olimpo) e Leto (deusa do anoitecer) nasceram os gêmeos Ártemis e Apollo. Segundo a Mitologia, Ártemis nasceu primeiro e ajudou sua mãe a dar à luz a seu irmão. Por essa razão, ela foi intitulada como a deusa do parto.

No entanto, ao ver o sofrimento de Leto, ela pediu a seu pai para nunca se casar e ser virgem para sempre. Abaixo, conheça um pouco mais sobre as suas funções e como era cultuada na Grécia Antiga.

Considerada uma arqueira e caçadora habilidosa, Ártemis, portanto, era conhecida como a deusa da caça. Contudo, tinha como função proteger as florestas e os bichos selvagens. Além disso, ela era capaz de curar doenças e ferimentos, porém tinha o poder de amaldiçoar aqueles que não cuidavam da natureza e maltratavam os animais.

Para honrar e adorar a deusa Ártemis, foi construído um grandioso templo, localizado na cidade de Éfeso, hoje é o centro da Turquia, por volta de 550 a.C. O templo de Ártemis foi considerado como uma das 7 maravilhas do mundo Antigo.

Após passar por duas grandes destruições, existem poucos objetos e esculturas que são preservadas no museu britânico, em Londres. Ártemis também era adorada por meninas e mulheres, considerada padroeira das jovens mulheres, pois auxiliava na transição para vida adulta.

No mundo das artes, a deusa era cultuada pelos artistas, para terem inspirações e clareza mental, e assim, concluírem suas obras.

Uma das deusas mais famosas, Atena nasceu de forma inusitada. Sua mãe, Metis foi engolida por Zeus, para evitar que a profecia se cumprisse, onde o filho de Metis se tornaria o senhor dos céus. Após sentir fortes dores de cabeça, Atena saiu da cabeça de Zeus adulta e vestida com uma armadura.

A divindade era uma bela mulher, cortejada pelos deuses, pois, além de sua beleza, ela era sábia e extremamente inteligente. Porém, a deusa nunca se casou, preferindo se manter virgem e viver apenas para proteger e auxiliar quem estivesse à sua volta. A seguir, conheça um pouco mais sobre suas habilidades e adoração à deusa.

Atena é a deusa da sabedoria, da guerra, da inteligência e das artes. Apesar de sua habilidade para guerrear, ela apenas participava de guerras para defender o seu povo e lutar contra injustiças.

Ao contrário de seu irmão Ares (deus da Guerra), Atena era contra a violência e acreditava que a razão e a estratégia eram o melhor caminho para se manter a paz. Na Mitologia, Atena era a filha favorita de Zeus e somente, ela tinha autorização para usar o raio de seu pai durante uma batalha.

Com o seu vasto conhecimento, a deusa desenvolveu invenções que auxiliaram os mortais a aprender cozinhar, construir barcos, carruagens e a tecer.

A sua forte influência diante dos deuses e seres humanos fez de Atena uma das deusas mais cultuadas e adoradas no Olimpo. Em sua homenagem, a cidade de Atenas recebeu o seu nome.

Para alcançar uma graça, os gregos promoviam festas, rituais e faziam oferendas para homenageá-la. Construído pelo Imperador Péricles, no ano 5 a.C, o templo Partenon, foi criado para honrar a deusa, onde todos os anos era realizado o festival chamado de, as “Panatenéias”.

Filha de dois Titãs Cronos (deus do tempo) e Réia (deusa da Terra), Deméter é uma das deusas mais antigas, além de pertencer às 12 divindades do Olimpo. A sua personalidade era de alguém generoso e o seu instinto maternal a fez ser reconhecida e admirada, principalmente, pelos mortais. Entenda melhor a seguir sobre suas atribuições e como se tornou tão amada e adorada.

Deméter era a deusa da agricultura, da fertilidade e da colheita. Ela mantinha o solo fértil durante o ano inteiro, trazendo prosperidade e abundância para os mortais. Além disso, essa criatura mitológica orientou os seres humanos a plantar milho e trigo. A Deméter também é atribuída a criação das estações do ano, favorecendo o plantio e a colheita.

Devido a sua bondade, a deusa Deméter tinha inúmeros devotos e para lhe agradecer era construído templos em sua homenagem, onde a divindade morava um período em cada uma delas. A deusa fazia questão de viver entre o povo, dessa forma, abdicando o monte Olimpo, onde moravam os demais deuses.

Descendentes de Titãs, a deusa Hécate era filha de Astéria (a noite estrelada) e Perses (deus da destruição e da luxúria). Após roubar um pote de carmim, ela foi expulsa do Olimpo por sua mãe e passou a ser criada por Perséfone (deusa da agricultura e do submundo).

Mesmo após a vitória dos deuses sobre os Titãs, o seu poder e autoridade só aumentaram. Hécate era respeitada e adorada por todos os deuses da Grécia e pelos seus seguidores. Isso porque, o seu poder se estendia no céu, no mar, na terra e no mundo inferior.

Logo, Zeus permitiu que ela negasse ou concedesse qualquer desejo aos imortais e mortais. Devido ao seu enorme prestígio, essa divindade acumula diversas atribuições. Confira abaixo.

A deusa Hécate era considerada umas deusas mais completas da Mitologia, pois ela era benevolente a quem lhe pedia prosperidade e abundância material. Além disso, protegia a chave sagrada, ou seja, ela permitia quem poderia ou não transitar pelas portas e portais do Universo.

Era também a deusa dos mortos, onde os conduzia na passagem entre os mundos. Os seus atributos eram muitos, pois Hécate também era a deusa da noite, da bruxaria, dos encantamentos e da encruzilhada. Ademais, ela protegia os pescadores, os marinheiros, as crianças, as casas e as famílias.

Em gratidão a deusa Hécate, seus seguidores colocavam a sua imagem em toda a cidade e nas portas das casas. Ao anoitecer, os moradores deixavam comida em frente às suas casas e nas encruzilhadas, para alimentar os cães dessa divindade.

A deusa Hera era filha de Cronos e Réia, posteriormente se casou com seu irmão Zeus, onde ambos eram o rei e rainha dos deuses. Porém, a relação entre eles era conturbada, devido à infidelidade de seu marido. Dessa forma, ela se tornou uma mulher ciumenta e amargurada.

Apesar dos seus problemas familiares, ela era uma deusa generosa e empática, e exercia um papel fundamental sobre os mortais e os imortais. Entenda melhor abaixo, suas atribuições e como era adorada por seu povo.

Além de ser a deusa dos deuses, Hera também era a deusa do casamento, da fertilidade, da fidelidade, do parto e protegia as mulheres e crianças. Sendo assim, ela não suportava mentiras e desrespeito com o matrimônio. Apesar de bondosa, era vingativa e podia ser extremamente má contra aqueles que a contrariavam.

Hera era adorada por mulheres que desejavam preservar seus casamentos e também para garantir proteção no momento de dar à luz a seus filhos. Para isso, eram feitas orações, ofertas de frutos, principalmente, da romã, que simbolizava a fertilidade, o amor e a prosperidade do casal.

Para homenagear essa divindade, foram criados mais de 7 templos e o mais famoso estava localizado na cidade grega, em Olímpia. Em seu santuário, havia imagens para evidenciar o seu poder e sua grandeza.

Uma das primeiras deusas entre as 12 divindades do Olimpo, Héstia era a terceira filha de Cronos e Réia. Sua personalidade era amigável e discreta, e não se envolvia nos dramas familiares e tampouco em conflitos ou guerras. Cortejada por Apolo e Poseidon, preferiu se manter virgem por toda a sua vida. Para saber mais, continue a leitura.

A deusa Héstia era pouco citada na Mitologia Grega, contudo, ela tinha um papel muito importante. Considerada a deusa do fogo, da lareira e de manter a paz dentro dos lares, esse ser mitológico mantinha a chama acesa das cidades e ajudava a construir casas para os menos favorecidos. Desse modo, ela também se tornou a padroeira da arquitetura.

Além disso, a deusa detinha da chave de Olimpo entregue por seu irmão Zeus. Logo, ela se tornou responsável não só pela sua cidade, mas por todas que eram fundadas aos arredores. Com o seu fogo sagrado, Héstia acendia as tochas e as lareiras para trazer proteção contra os ataques de inimigos e das doenças.

Héstia não era tão popular em relação aos outros deuses, porém, para adorá-la foi construído um templo em sua homenagem. Por manter os lares aquecidos e a tranquilidade doméstica, a forma que o povo grego encontrava para agradecer pela sua generosidade era acender sua lareira ou contemplar as tochas acesas pela cidade de Acrópole.

De acordo com a Mitologia, a deusa Irene era filha de Zeus e Themis (deusa da justiça). Essa entidade divina é associada a uma jovem e bela moça, segurando uma cornucópia, uma cesta de frutos com o formato de chifre, e uma tocha. A seguir, conheça um pouco mais sobre essa divindade, acompanhe.

Irene é considerada a deusa da paz, da primavera, da reconciliação e da cooperação. Ademais, essa criatura mitológica é uma das deusas horas, ou seja, um trio formado pelas deusas Eunomia, Dice e Irene, responsáveis por manter a ordem no mundo e as estações do ano.

Em homenagem a deusa Irene que restabeleceu a paz entre os povos, era comemorado o dia da paz comum na antiga Grécia. Além disso, a sua imagem e estátuas eram cultuados em templos e posto sobre altares, para ser referenciada por todo o bem que trouxe à nação.

As Musas são filhas de Zeus com Mnemosine, elas foram criadas para comemorar a vitória dos deuses sobre os Titãs, na Titanomaquia. Além disso, essas entidades se tornaram a personificação das artes e das ciências, além de entreter os deuses, elas passaram a ser responsáveis por inspirar os mortais.

As nove Musas inspiradoras são: Calíope, Clio, Érato, Euterpe, Melpômene, Polímnia, Terpsícore, Talia e Urânia. Cada uma delas recebeu uma atribuição diferente. Para saber mais, confira a seguir.

Cada musa atua e inspira diferentes áreas das artes e do conhecimento: Calíope com sua bela voz era a musa da poesia épica e da eloquência. Clio a musa da história; Érato musa da poesia lírica, e fazia, especialmente, poesias românticas e eróticas. Euterpe era musa da música; Melpômene era musa das peças teatrais da tragédia grega.

Polímnia, era considerada musa da poesia sacra e dos hinos sagrados; Terpsícore, a musa da dança e do canto coral; Tália era musa comédia e das celebrações e, por último, Urânia era musa ligada à Astronomia e Astrologia.

Por influenciar diretamente as áreas de entretenimento e conhecimento do Olimpo, foi criado o templo Museion, onde eram preservadas as obras de artes e também era um local para cantar, dançar, declamar poesias e representar a tragédia e a comédia nas peças teatrais.

A deusa Perséfone, segundo a Mitologia, é filha de Zeus (Deus dos deuses) e Deméter (deusa da agricultura). Com o passar do tempo, a sua beleza atraiu a atenção dos deuses do Olimpo. Hades (deus do submundo), inconformado com a rejeição da deusa e com sua mãe, que não permitiu que se casasse com ele, decidiu, então, sequestrar a jovem.

Para devolver a alegria de Deméter e restabelecer a fertilidade do solo, foi firmado um acordo entre Zeus e Hades, para que Perséfone voltasse a viver ao lado de sua mãe, durante um período do ano.

No entanto, para não perdê-la, o deus do mundo inferior enganou sua amada, dando de presente uma romã, sem saber que, ao comer, ela se manteria presa a ele para sempre. Dessa forma, Perséfone passou ter várias atribuições que influenciou a vida dos deuses e imortais, saiba mais a seguir.

Perséfone é considerada a deusa das estações, da fertilidade, das flores e da agricultura, por ser filha de Deméter. Ao viver um período do ano com sua mãe, ela renova as plantações, as flores voltam a nascer e o solo se torna fértil outra vez.

Ao se casar com Hades, Perséfone também se tornou a deusa do submundo e guardiã dos mortos. Dessa forma, ela passou a transitar entre os dois mundos. Logo, quando ela está com Deméter é marcada pela chegada da primavera e verão. E quando fica ao lado de seu marido, se inicia o outono e o inverno.

Devido às suas funções de deusa da colheita, da fertilidade, da morte e do renascimento. Perséfone era adorada com hinos, rituais e oferendas, para que a plantação fosse abundante e próspera. O mesmo acontecia, para proteção dos mortos no submundo e ser benevolente com aqueles que fizeram algo de ruim, enquanto vivos.

As deusas gregas podem ser cultuadas por meio de hinos, orações e oferendas que são dedicadas, de acordo com o que se deseja alcançar. Por exemplo, para a deusa Afrodite, é possível oferecer flores, frutas, perfumes e pedras e cristais se o objetivo é se tornar alguém mais atraente, fértil e ter momentos de prazer e alegria.

Além disso, o Dodecateísmo, também conhecido como Helenismo, de forma resumida, visa preservar e realizar os cultos para os deuses e deusas da antiga Grécia. Sendo assim, hoje é possível encontrar adeptos dessa prática, que, por muito tempo, eram tidos pela igreja católica como pagãos, ou seja, que cultuavam mais de um deus, como os politeístas.