O que é um distúrbio alimentar? Os tipos, sinais, tratamentos e mais!

O que é um distúrbio alimentar? Os tipos, sinais, tratamentos e mais!

O que fazer ao lidar com algum conhecido com um distúrbio alimentar? Nesse artigo falaremos sobre o que são, seus sintomas e tratamento.


Considerações gerais sobre distúrbios alimentares

Mulher cortando ervilha no prato.

Nos dias atuais os padrões de beleza tem se tornado cada vez mais exigentes, fazendo com que jovens e adultos irem a fundo atrás do corpo perfeito, que atenda todos os padrões exigidos. Há pessoas que chegam a encontrar defeitos ou mesmo a desenvolver paranoias perante o seu corpo como achar que está muito acima do peso, mas na verdade não está.

Esse tipo de comportamento pode ser um grave sinal para o começo de um transtorno alimentar. A pessoa insatisfeita com seu corpo tentará a todo custo alcançar o corpo ideal através de diversas maneiras, desde forçar o vômito, usar anabolizantes, ou jejuns constantes.

Os transtornos alimentares são muito mais constantes entre a faixa de idade dos 15 aos 27 anos no Brasil, afinal os jovens nessa faixa de idade são quem possuem maior insegurança e até desconforto com o seu corpo.

Distúrbio alimentar e seu histórico

Mulher medindo sua barriga com uma fita métrica.

O distúrbio alimentar é um sério transtorno mental muito presente nos dias atuais a quais agregam diversos fatores. Nos tópicos abaixo discutiremos mais sobre esse tipo de patologia, suas origens e o tratamento mais adequado para ela.

O que é um distúrbio alimentar

O distúrbio alimentar ou transtorno alimentar (TA) é um transtorno mental no qual o seu portador possui um comportamento alimentar na qual afeta tanto sua saúde fisicamente quanto mentalmente.

Esses tipos de transtornos são considerados patologias pela CID 10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas relacionados à Saúde), DSM IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) e pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Há diversos tipos de transtornos alimentares dentre eles o transtorno de compulsão alimentar periódica (TCAP) em que o indivíduo ingere grandes quantidades massivas de alimentos em um curto período de tempo e a anorexia nervosa a qual a pessoa come muito pouco e consequentemente acaba ficando muito abaixo do seu peso ideal.

Geralmente as pessoas portadoras desses transtornos alimentares também possuem transtornos psicológicos como depressão, ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) além de uso abuso de drogas, bebidas alcoólicas e também estarem relacionadas com a obesidade.

Histórico

Os transtornos alimentares podem parecer uma doença “nova” dos dias atuais, mas na verdade ela já era bem presente há muitos séculos atrás. A anorexia, por exemplo, já era existente desde a idade média com as “santas anoréxicas”.

Devido à suas vidas serem totalmente voltadas à religião e a Deus elas praticavam o jejum autoimposto como uma maneira de se assemelharem ao Cristo crucificado. Além de que essa prática as faziam se sentir mais “puras” e próximas ao nosso senhor.

Um exemplo de um possível diagnóstico de anorexia nervosa no passado foi a Santa Catarina, nascida na região de Toscana na Itália em 1347. Com apenas seis anos de idade a jovem teve uma visão com Jesus ao lado dos apóstolos Pedro, Paulo e João e a partir desse momento o seu comportamento e vida se transformaram totalmente.

Aos sete anos ela se consagrou à Virgem Maria e prometeu se manter virgem e jamais comer se alimentar de carne, sendo esse último um comportamento bem comum entre as anoréxicas dos dias atuais.
Com 16 anos Catarina entrou para às Mantelatas, que consistia em uma ordem de mulheres viúvas que viviam em casa sob regras bem rígidas se dedicando à oração e a ajudar aqueles necessitados.

Catarina estava sempre passando por horas e horas orando em seu quarto e apenas se alimentava de pão e ervas cruas, e quando era forçada a se alimentar de forma adequada a jovem recorria ao vômito.

Por mais que tentavam a fazer se alimentar corretamente, ela justificava que o alimento em si a fazia ficar enferma e não o contrário. Ela realizou um grande jejum de dois meses e meio da Quaresma até a ascensão do Senhor, não se alimentando e nem ao menos bebendo líquidos.

E mesmo sem se alimentar estava sempre ativa e alegre, sendo esses um dos sintomas da anorexia nervosa, a hiperatividade psíquica e muscular. Com 33 anos de idade Catarina estava com a saúde extremamente debilitada, não aceitando nenhuma comida ou bebida, até morrer em 29 de junho de 1380 e ser canonizada pelo Papa Pio XII.

Existe cura para um distúrbio alimentar?

Existe tratamento adequado para lidar com os distúrbios alimentares, a qual consiste em acompanhamento psicológico e nutricional, para se alcançar um peso adequado à sua IMC. Além de exercícios físicos de maneira regular e diminuição nos hábitos de devolver a comida ou comer em demasia.

Pode ser necessário a utilização de antidepressivos e topiramato (um anticonvulsivante que age também como um estabilizador do humor). Em casos mais graves e crônicos é necessário a internação do paciente ou até mesmo uma cirurgia bariátrica.

É um tratamento que pode ser trabalhoso e duradouro, mas com muito esforço e dedicação, há como superar essa patologia alimentícia.

Sinais que servem de alerta para os distúrbios alimentares

Mulher triste, ignorando a balança.

Há diversos sinais nas quais você precisa ficar atento perante o começo de um distúrbio alimentar. Seja a perda de peso repentina, restrição alimentar ou o isolamento social são fatores que você precisa se preocupar se ver algum parente, amigo ou até mesmo a si mesmo demonstrando algum desses sintomas.

A seguir falaremos mais detalhadamente sobre cada um desses sinais e o que fazer perante cada um deles.

Perda de peso repentina

A perda de peso de modo inesperado é um dos sintomas mais comuns de quem sofre distúrbios alimentícios. A pessoa pode negar a comida ou se alimentar, e em alguns casos quando está se alimentando ela tende a deixar uma boa parte da comida do seu prato para fora e não comer. Esse tipo de comportamento é muito comum entre pessoas que sofrem de anorexia ou bulimia.

Restrição alimentar autoimposta

A pessoa que sofre desse tipo de distúrbio tende a restringir certos grupos alimentares ou então a quantidade de alimento que ingere. Ele pode se negar a comer certos tipos de alimentos por intolerância ou paladar e acabar se alimentando apenas de um tipo de alimento, deixando de receber os nutrientes de uma alimentação balanceada.

Isolamento social

O paciente com distúrbios alimentares também pode apresentar comportamento relacionado ao isolamento social. Essas pessoas perdem o interesse em se encontrar ou conversar com os amigos, ou então de realizar ações do cotidiano como sentar-se à mesa de refeições com a família ou ir para a escola.

As causas mais comuns de distúrbios alimentares

Mulher encarando prato de comida.

Os distúrbios alimentares podem ter suas causas e origens por diversos fatores existentes. Sejam eles psicológicos, biológicos, ou através da própria personalidade ou influências externas do local onde essa pessoa vive. Nos tópicos a seguir falaremos mais sobre cada um desses fatores e como eles podem influenciar alguém ter esse tipo de transtorno.

Fatores genéticos

Indivíduos que possuem familiares que já tenham apresentado algum distúrbio alimentar na vida possuem a mesma predisposição para também apresentarem a mesma doença.

Ou seja, pessoas que tenham algum parente de primeiro grau que já tenha sofrido com algum desses distúrbios possuem chances muito maiores de desenvolverem essa doença do que alguém que não tenha nenhum parente com esse histórico em vida.

De acordo com as pesquisas, existem genes específicos que influenciam os hormônios, tais como o leptin e ghrelin, podendo influenciar diretamente na personalidade e comportamento da pessoa associados às doenças como a anorexia ou bulimia.

Fatores psicológicos

Fatores psicológicos como o Transtorno de Estresse Pós Traumático (TEPT), o Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH), depressão e desordens de pânico estão associados como possíveis causas para os transtornos alimentares. Certos comportamentos como a impulsividade, procrastinação, impaciência e a tristeza estão associados com os baixos sinais de saciedade ou a falta de fome.

Além disso, problemas ou traumas pessoais podem também ser os gatilhos para o desenvolvimento de algum desses transtornos. Seja uma demissão no trabalho, a morte de um ente querido, um divórcio ou então até mesmo problemas de aprendizado como a dislexia.

Fatores biológicos

O Eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA), que é um conjunto de interações responsivas que envolvem o hipotálamo, a hipófise, e a glândula adrenal que é responsável por controlar o estresse, a digestão, e o sistema imunológico, pode estar fortemente ligado aos distúrbios alimentares.

Já que é ele o responsável por liberar os reguladores de apetite e do humor tais como a nossa querida serotonina e a dopamina. Se ocorrer algo anormal durante essa distribuição, há grandes chances de ocorrer um distúrbio alimentar na pessoa.

Afinal a serotonina é a controladora de nossa ansiedade e apetite, enquanto a dopamina tem um importante papel no sistema de reforço e recompensa. Pessoas com distúrbios alimentares acabam sentindo pouco ou praticamente nada de prazer ao se alimentar e entre outros estímulos e atividades.

Personalidade

A personalidade pode ser um dos grandes fatores para se desenvolver um distúrbio alimentar. Sendo elas a baixa autoestima, o perfeccionismo, a impulsividade, hiperatividade, e problemas de autoaceitação. Além disso, há alguns transtornos de personalidade que também trazem riscos e influenciam no desenvolvimento dessas patologias:

Transtorno de personalidade esquiva: São pessoas muito perfeccionistas, que evitam contato social com outras, em relacionamentos amorosos tendem a ser muito tímidas com medo de passarem vergonha ou serem vitimizados e se preocupa excessivamente com críticas e opinião dos outros.

Transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva: Consiste em comportamento perfeccionista ao extremo ao ponto de tentar organizar as coisas a se fazer de uma maneira bem específica para alcançar a perfeição. Os portadores tendem a quererem fazer as coisas sozinhas com medo e desconfiança dos outros, além de terem comportamento compulsivo, e restrito em emoções.

Transtorno de personalidade borderline: Também conhecido como transtorno de personalidade limítrofe a qual envolve tanto o ramo da psicologia quanto da psiquiatria, sendo muitas vezes difícil de ser diagnosticado. São pessoas muito impulsivas, com tendências autodestrutivas, podendo ter surtos de ódio e em casos mais extremos chegar ao suicídio.

Por serem autodestrutivas elas chegam a se autoflagelar, causando cortes pelo corpo todo. Também podem apresentar rebeldia e carência emocional. Transtorno de personalidade narcisista: Consiste em pessoas de personalidade e ego muito inflados, tendo necessidade de atenção e admiração excessiva pelas outras pessoas.

Em relacionamentos íntimos tendem a ser bem tóxicos e conturbados, principalmente pela falta de empatia e egoísmo da pessoa. Contudo sua autoestima é muito vulnerável e frágil, a ponto de qualquer crítica deixar essa pessoa enlouquecida.

Pressões culturais

Na cultura ocidental a ideia de magreza é considerada o padrão de beleza feminino. Sendo que muitas profissões exigem um peso ideal para as mulheres, como por exemplo, as modelos profissionais. Além das pessoas um pouco mais cheinhas ou obesas serem alvos de bullying e constrangimento.

Há pessoas que julgam seu corpo como acima do peso ideal e acabam tomando medidas extremamente perigosas para perder tempo, como no caso da anorexia em que a pessoa provoca o vômito de tudo o que se alimentou por sentir peso na consciência em ganhar peso.

Influências externas

Influências externas vindas da infância do paciente podem ser um grande fator para o desenvolvimento desse tipo de doença. O próprio comportamento dos pais ou parentes podem engatilhar esse hábitos alimentares desde criança. O comportamento obsessivo pelo peso, dieta e magreza.

A própria influência no ambiente escolar também pode acarretar no comportamento alimentar da pessoa. O próprio bullying praticado pelas crianças com pessoas mais gordinhas e as grandes expectativas tanto dos pais como professores no desempenho da criança também são um grande chamariz para o surgimento de transtornos alimentares.

Anorexia nervosa, sintomas e tratamento

Mulher chorando.

A anorexia nervosa, também conhecida apenas como anorexia, é uma doença silenciosa que tem como principal característica a perda repentina de peso. Falaremos de maneira mais detalhada sobre essa patologia e como tratá-la nos tópicos seguintes.

Anorexia nervosa

A anorexia nervosa consiste em um distúrbio alimentar na qual o paciente possui muito receio de engordar e ganhar peso, possuindo a extrema vontade de ser magro ou se manter magro. Essas pessoas restringem sua alimentação, muitas vezes se negando a comer ou então quando se alimenta, ela fica com aquele sentimento de culpa, forçando-a vomitar para fora tudo o que comeu.

Sintomas da anorexia nervosa

Os sintomas mais comuns para essa doença são o emagrecimento repentino, a ponto de chegar até abaixo do peso ideal, prática excessiva de atividades físicas.

Em mulheres que já estão na puberdade há a ausência de três ou mais menstruações já que a anorexia pode trazer sérias complicações para o aparelho reprodutor feminino, diminuição ou ausência da libido sendo que para os homens pode ocorrer de dar disfunção erétil e crescimento retardado com má formação nos ossos como os das pernas e dos braços.

Podem ocorrer de acarretarem em outros sintomas também, como a descalcificação dentária e cáries devido aos vômitos constantes, depressão e tendências suicidas, prisão de ventre e bulimia posteriormente.

Tratamento da anorexia nervosa

O tratamento deve ser feito tanto com a utilização de remédios para a depressão e ansiedade como a fluoxetina e o topiramato para se tratar de pensamentos obsessivos e compulsivos, assim como a olanzapina que é um remédio para transtorno bipolar mas utilizado para estabilizar o humor do paciente.

É também realizado tratamento psicológico através da psicoterapia familiar e terapia cognitivo comportamental. Também é realizada uma dieta com o intuito de fazer o paciente voltar ao seu peso ideal. Às vezes é feito o uso da sonda nasogástrica para injetar alimentação das narinas até o estômago.

Bulimia nervosa, sintomas e tratamento

Homem em posição fetal, encostado na parede.

A bulimia assim como a anorexia possui sintomas similares à anorexia, contudo ambas são doenças bem distintas. A seguir falaremos mais sobre essa patologia, seus sintomas e tratamento adequado abaixo.

Bulimia nervosa

Esse transtorno consiste em perda de peso imediata e fadiga com diversos outros fatores como a prática de dietas não saudáveis, uso excessivo de cafeína e de drogas. Elas costumam utilizar de métodos para perder peso como utilizar diuréticos, estimulantes, não tomar nenhum líquido e fazer exercícios físicos de modo exagerado.

A bulimia também pode estar relacionada a outros distúrbios como a depressão, ansiedade, dependência de drogas, alcoolismo, automutilação e em casos muito graves o suicídio.

Essas pessoas tendem a passar vários dias sem comer para tentar perder mais peso, contudo elas acabam em seguida entrando em tamanha gula se empanturrando em grandes quantidades de comida, ocasionando a culpa e o peso na consciência.

Como o organismo acaba ficando muito tempo sem absorver nenhum alimento, ocasionando uma maior absorção de gordura assim que a pessoa se alimenta de novo. Isso acaba causando um círculo vicioso de culpa e compulsão em perder peso.

Sintomas da bulimia nervosa

Os sintomas mais comuns são a perda brusca de peso, humor depressivo e inconstante, problemas dentários e pele muito ressecada devido aos constantes vômitos, menstruação irregular, arritmia cardíaca, e desidratação.

Tratamento da bulimia nervosa

O tratamento da bulimia nervosa é realizado através da terapia cognitivo-comportamental, o uso de antidepressivos, inibidores seletivos de recaptação de serotonina, e acompanhamento nutricional.

Ortorexia nervosa, sintomas e tratamento

Homem sem comer.

A ortorexia é um termo criado pelo médico americano Steve Bratman, na qual serve para indicar pessoas com hábitos alimentares excessivamente saudáveis. Apesar desse termo ser reconhecido pelos médicos como um distúrbio alimentar, ele não é utilizado como diagnóstico no DSM-IV.

A seguir falaremos mais dessa doença que pode soar de forma desconhecida para grande parte das pessoas.

Ortorexia nervosa

O paciente que possui otorexia tem a obsessão de seguir uma dieta alimentar saudável, excluindo diversos outros alimentos que consideram “impuros” ou que façam mal para a saúde como corantes, gordura trans, alimentos que tenham muito sal ou açúcar.

Essas pessoas tem uma maneira tão exagerada de ver a dieta saudável ao pé da letra que evita a qualquer custo e até chega a jejuar perante esses alimentos a quais julga serem prejudiciais.

Sintomas da ortorexia nervosa

Portadores de ortorexia tendem a ter sérios problemas de deficiência alimentar, principalmente de algum nutriente em específico. Além de anemia, e deficiência de vitaminas.

As pessoas podem ter tendência a se isolarem, já que é muito difícil conseguirem uma companhia que compartilhe dos mesmos hábitos que ela. Além de ela querer evitar compromissos ou atividades que envolvam comida, como um almoço em família ou festas e confraternizações.

Tratamento da ortorexia nervosa

Por ser um distúrbio que não é totalmente reconhecido, não há um tratamento certo. Contudo é aconselhado a seguir um tratamento psicoterápico e também nutricional. Esperando que o paciente mude sua maneira de pensar e deixe essa paranoia o atingir de maneira brutal.

Alotriofagia, sintomas e tratamento

Mulher sentada no chão.

A alotriofagia, também denominada como pica ou alotriogeusia, é uma doença rara que consiste em seres humanos desenvolverem apetite por substâncias e objetos não considerados comestíveis. A seguir detalharemos mais sobre essa moléstia, seus sintomas e tratamento adequado.

Alotriofagia

A alotriofagia transtorno consiste no indivíduo se alimentar com substâncias não alimentícias ou não apropriadas para o consumo humano. Podem ser giz, pedras, terra, papel, carvão etc. A pessoa também chegará a ingerir ingredientes crus de alimentos como farinha, ou tubérculos e amidos. Há pacientes que chegam até a ingerir fezes de animais, unhas ou sangue e vômito.

Essa doença é muito mais comum de ocorrer em crianças na fase de introdução alimentar, porém ela pode aparecer também em adultos e podem indicar algum outro problema como, por exemplo, deficiência de ferro ou zinco caso a pessoa esteja se alimentando de terra, ou então problemas mentais.

Sintomas da alotriofagia

Os sintomas mais óbvios são a vontade de ingerir substâncias não comestíveis. Esse comportamento deve persistir durante um mês para ser diagnosticado como alotriofagia. Pessoas com alotriofagia também podem apresentar sintomas de intoxicação alimentar como vômitos, diarreias ou dor de estômago.

Tratamento da alotriofagia

Primeiro de tudo é necessário descobrir de onde está vindo essa condição anormal, se é necessário utilizar suplementos alimentares ou uma mudança de hábitos alimentares se for o caso de falta de determinados nutrientes e vitaminas.

Agora se essa manifestação for por conta de doenças mentais, o paciente precisa de acompanhamento psicológico e ser induzido a não se alimentar mais com esse tipos de organismos.

TCAP, sintomas e tratamento

Balança antiga.

O TCAP ou transtorno da compulsão alimentar periódica, ao contrário da bulimia, o indivíduo ingere grandes quantidades de alimento em um curto período de tempo (de até duas horas), contudo não possui comportamento compensatório de perder peso. Nos tópicos seguintes vamos falar mais sobre essa patologia e qual o seu melhor tratamento.

Transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP)

A TCAP consiste no indivíduo ingerir grandes quantidades de comida em tempo bem curto, fazendo com que ele perca o controle de quanto ou o que está comendo.

Para ser diagnosticado com essa doença o paciente deve realizar esse comportamento pelo menos dois dias por semana em seis meses, tendo a perda de controle, o próprio aumento de peso e também não estar presente comportamentos compensatórios para se perder peso, tal como vômitos e uso de laxantes e jejuns.

Sintomas da TCAP

Os sintomas mais comuns para TCAP são o próprio aumento de peso, a ponto de alguns pacientes precisarem realizar uma cirurgia bariátrica, a depressão acompanhada de angústia e o sentimento de culpa e autoestima baixa.

Pessoas com TCAP tendem também a ter algum outro transtorno psiquiátrico como transtorno bipolar, ou de ansiedade. A compulsão alimentar pode servir como uma espécie de válvula de escape para as pessoas que possuem algum desses transtornos psiquiátricos ou de humor, pois elas não conseguem conter suas emoções.

Tratamento da TCAP

Para o tratamento da TCAP é necessário o uso de antidepressivos como os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) tanto os utilizados para em outras doenças como depressão e ansiedade, quanto outro ISRS como fluoxetina e o citalopram para se reduzir o peso e a compulsão alimentar.

Também é utilizado a terapia cognitivo-comportamental para além de reduzir o comportamento compulsivo, também melhorar a autoestima, diminuir a depressão e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Vigorexia, sintomas e tratamento

Mulher se pesando.

A vigorexia, também chamada de bigorexia ou transtorno dismórfico muscular é um transtorno que está ligado à insatisfação com seu próprio corpo, afetando principalmente os homens. Pode ser de certa forma comparável à anorexia.

Confira a seguir todas informações sobre essa disfunção, seus sintomas e o tratamento adequado para ela.

Vigorexia

Inicialmente a vigorexia foi classificada como um transtorno obsessivo compulsivo pelo médico Harrison Grahan Pope Jr., professor de psicologia de Harvard a qual havia nomeado essa doença como Síndrome de Adônis, devido ao mito de Adônis na mitologia grega, que era um jovem de imensa beleza.

Contudo devido às semelhanças com a anorexia, a vigorexia também pode ser tratada como um transtorno alimentar.

Pessoas com vigorexia são extremamente neuróticas com o seu corpo, a ponto de realizarem exercícios físicos pesados e uso de anabolizantes. O uso constante de anabolizantes pode acabar acarretando em um vício semelhante ao uso de drogas.

Sintomas da Vigorexia

Os sintomas da vigorexia consistem no paciente realizar a prática exagerada de exercícios físicos que consequentemente acabam causando muita fadiga, dores musculares, ritmo cardíaco elevado mesmo em situações normais e maior incidência de lesões.

Com o aumento acima do normal de testosterona devido ao uso de substâncias sintéticas, esses pacientes também apresentam maior irritabilidade e agressividade, depressão, insônia, perda de peso e de apetite, e menor desempenho sexual.

Há casos mais graves em que ocorrem insuficiência renal e hepática, problemas vasculares, aumento de glicemia podendo acarretar diabetes e o aumento de colesterol.

Tratamento da Vigorexia

É necessário terapia cognitivo-comportamental para melhorar a autoestima e identificar o motivo para essa visão tão distorcida sobre seu próprio corpo. É feita imediatamente a interrupção do uso de anabolizantes e acompanhamento de um nutricionista para se fazer uma dieta balanceada e equilibrada.

Mesmo após o paciente apresentar grande melhora ao tratamento, podem ocorrer recaídas, portanto é bom sempre ter um acompanhamento do psicólogo de tempos em tempos.

Como posso ajudar uma pessoa que sofre de algum tipo de distúrbio alimentar?

Mulher com a mão na cabeça.

Primeiramente tente conversar com a pessoa ao perceber os primeiros sintomas de algum desses distúrbios alimentares. Tente convencê-la de que ela precisa procurar um médico o mais rápido possível.

Seja calmo e paciente, não demonstre agressividade ou tente forçar a pessoa a correr atrás da ajuda. Tente explicar o que está acontecendo e que a vida dela pode estar por um fio, mas de um modo bem sutil e sucinto. De preferência faça essa conversa em um lugar privado, longe de outros meios de comunicação como telefones celulares, etc.

Lembre-se que a pessoa que possui algum transtorno alimentar ela tem uma visão bem distorcida do assunto, então prepare-se para reações negativas, afinal os pacientes com essa moléstia sentem vergonha de admitirem que estão sofrendo esse tipo de distúrbio.

Se houver aceitação quanto ao transtorno e à necessidade de tratamento, ofereça ajuda e também a companhia para ir atrás de um psicólogo. Esteja sempre próximo ao paciente, seja o motivando a continuar o tratamento e a melhorar cada vez mais, quanto a ficar de olho em possíveis recaídas do mesmo.

Autor deste artigo

Bacharelada na Universidade de São Paulo em Letras, amante da escrita e literatura. Tem grande interesse em cultura geek em geral, tarot e esoterismo.

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