O que é o Dia da Umbanda? História, decreto, religião no Brasil e mais!

O que é o Dia da Umbanda? História, decreto, religião no Brasil e mais!

Leia esse artigo completo com toda a história da Umbanda, das falanges e entidades dessa religião, contando o que é o Dia Nacional da Umbanda no Brasil!


Significado geral do Dia Nacional da Umbanda

Mãe de santo da Umbanda.

A Umbanda foi uma religião que sofreu e sofre até hoje com perseguições e preconceitos em relação aos seus fundamentos e rituais. Por pregar a caridade e o bem, sempre lutou para que fosse reconhecida e principalmente respeitada como religião que pratica a paz e a fraternidade.

O dia Nacional da Umbanda representa a oficialização da conquista dessa luta, tornando-a patrimônio brasileiro e mostrando que é uma religião que tem sua missão espiritual na terra e no Brasil.

Nesse dia, todos os praticantes e simpatizantes com a religião comemoram a libertação da mesma, que agora sendo reconhecida perante a Lei, possui seus deveres e direitos. Mesmo com essa vitória a Umbanda tem uma grande história que será contada nesse artigo.

Dia Nacional da Umbanda, Decreto 12.644 e diferenças com o Candomblé

Sincretismo religioso.

A Umbanda ganhou em 2012 o reconhecimento do seu dia nacional. Uma religião nova comparada a outras que se encontram no solo brasileiro desde seu descobrimento e até antes disso com os índios. A Umbanda é uma religião que foi durante muito tempo perseguida e em um período quase foi extinta.

Porém hoje o número de fiéis e centros que desenvolvem a religião vem aumentando cada vez mais, mostrando que a Umbanda está mais viva do que nunca.

Esse artigo irá explicar a jornada até essa conquista e os fundamentos iniciais dessa religião, que abraçou muitas outras e carrega no seu íntimo o reflexo do Brasil, um país gigante pela própria natureza e que abraça diversas culturas e povos diferentes, tornando-o um país miscigenado e rico por essa mistura. Essa é a Umbanda, uma religião que tem a cara do Brasil.

As religiões que inspiraram a Umbanda

A Umbanda foi anunciada dentro de um centro espírita, por um índio brasileiro, através de um médium de criação Católica. Na sua primeira sessão, um negro africano incorpora e nesse momento foi possível entender pontos cruciais para o fundamento da Umbanda e porque o Brasil foi escolhido pra ser o berço dessa religião.

A Umbanda tem seus próprios fundamentos, independentes e agregados pela espiritualidade. Não nasceu como a vertente de uma religião, mas adotou o fundamento de diversas, mostrando assim que, Deus é um só e a união faz o fortalecimento. Essa união se fez entre o Catolicismo, o Espiritismo, o Culto de Nação, os Rituais Xamânicos, Rituais Ciganos e entre outros que é possível observar.

Decreto de Lei 12.644

Em 1941 aconteceu o primeiro congresso nacional de Umbanda, 33 anos depois da primeira manifestação do Caboclo das 7 encruzilhadas. Esse congresso foi importante para definir alguns pontos sobre a religião, mas principalmente por abrir caminho para o 1º Congresso Anual do Conselho Nacional Deliberativo da Umbanda (CONDU) realizado em 1976.

Neste congresso ficou definido que o dia 15 de novembro seria o Dia Nacional da Umbanda. A lei para o reconhecimento desse dia, veio no ano de 2012 quando a então presidente assinou a Lei 12.644 oficializando o Dia Nacional da Umbanda.

Diferenças entre Umbanda e Candomblé

O Candomblé ou o Culto de Nação é uma das religiões que mais doou conhecimentos e fundamentos a Umbanda, talvez uma das mais importantes doações tenha sido os Orixás. A Umbanda é uma religião que também cultua os Orixás que foram trazidos da África pelos escravos, porém apesar do nome, as divindades têm significados diferentes para as duas religiões.

O Candomblé é uma religião afro-brasileira, que tem por objetivo, manter as tradições e ensinamentos dos negros africanos e praticados há pelo menos 2000 anos a.C. No Candomblé o uso de sacrifício animal é feito para alimentar os membros daquela comunidade em comunhão com o Orixá, a Umbanda não importou essa prática no seu rito.

Uma outra diferença possível de notar é a prática de raspar a cabeça que é feita em simbolismo ao renascimento do médium, no Candomblé não é feito a incorporação de entidades como caboclo e preto velho, que são fundamentais para Umbanda. Os papéis dentro do Candomblé são bem definidos, já na Umbanda não existem restrições e todos os filhos podem se envolver em todas as práticas.

As diferenças entre Umbanda e Candomblé são definidas pela origem e forma de trabalho das duas religiões. Na Umbanda o desenvolvimento está ligado às práticas de terreiro junto às entidades. No Candomblé a ligação que acontece é o fortalecimento da relação do filho de santo com o Orixá. Duas religiões ricas, com similaridades, porém diferentes na sua origem e fundamentos.

A História da Umbanda

Terreiro de Umbanda.

A Umbanda nasceu no município de Niterói, dentro de uma federação espírita, por um Caboclo brasileiro incorporado em um médium católico que anunciou que a partir daquele momento uma nova religião iria se abrir no mundo terreno, onde todos os espíritos seriam aceitos para se manifestar.

A frase dita por ele é nacionalmente conhecida na Umbanda: “Com os mais evoluídos aprenderemos, aos menos evoluídos ensinaremos, mas a nenhum viraremos as costas.”.

Importando os Orixás do panteão africano, com altar Católico, práticas Xamânicas e entidades próprias, a Umbanda cresceu e se desenvolveu durante todos esses anos, mantendo muitos de seus fundamentos e incorporando outros. A Umbanda é uma religião viva que proporciona uma experiência única em cada terreiro, trazendo uma pluralidade que enriquece a religião.

A história da Umbanda é preservada em todos os centros da religião e a seguir você conhecerá a verdadeira história dessa religião, como nasceu, quais suas origens e referências espirituais.

Como nasceu a Umbanda

No dia 15 de Novembro de 1908 no município de Niterói no Rio de Janeiro a família de Zélio Fernandino de Moraes o leva a Federação Espírita de Niterói por conta de episódios relacionados à mediunidade. Zélio começara por diversas vezes se curvar e agir como um velho, em outras ocasiões mal conseguia levantar-se da cama, e por orientação de um padre, foram naquele local.

Ao iniciar a sessão aquele garoto de apenas 17 anos, se levanta, vai até o jardim e volta com uma flor, colocando em cima da mesa exclamou: “faltava uma flor”, aquilo não era de costume das seções, mas sem objeção ela continuou, e quando foi direcionado ao Zélio tomar um passe mediúnico ele incorpora o espírito de um Caboclo, espírito esse que não era bem vindo nas seções daquela época.

Os dirigentes da sessão então perguntaram aquele espírito qual era o seu nome, e o que ele estava fazendo ali, e de uma maneira serena, porém firme o caboclo respondeu: ”Se preciso ter um nome, então me chame de Caboclo das 7 Encruzilhadas, pois a mim nenhum caminho é fechado. Estou aqui por ordem do astral para fundar uma nova religião que será trazida ao plano material através desse aparelho”.

Indagado se já não havia muitas religiões ele respondeu “Nessa religião todos os espíritos que queiram se manifestar para praticar a caridade serão aceitos, com os mais evoluídos aprenderemos, aos menos evoluídos ensinaremos, mas a nenhum viraremos as costas”.
Vale ressaltar que a incorporação de Caboclos e Pretos Velhos, já existia muito antes desse dia, porém ao se manifestarem em algumas religiões eram desprezados por não fazerem parte do panteão que aquela religião cultuava.

No outro dia na casa de Zélio muitas pessoas se reuniram para presenciar uma nova incorporação daquele Caboclo que trouxe novas informações daquela nova religião, e em seguida a manifestação de um Preto Velho chamado Pai Antônio que introduziu mais fundamentos. Depois daquele dia, manifestações iguais com o mesmo objetivo aconteceram em diversas partes do país, e assim a Umbanda nasceu no território nacional do Brasil.

O calundu dos escravos

Em 1685, surge praticado pelos escravos o Calundu, com o sincretismo entre as crenças africanas, com a pajelança indígena onde usavam o sincretismo católico para driblar a perseguição das elites e da igreja. Essa comunidade surgiu através das rodas de batuque, onde os escravos dançavam e tocavam atabaques em seus momentos de folga.

O Calundu se dividiu em duas vertentes, a Cabula e o Candomblé de Angola. A Cabula manteve em seu culto o Catolicismo, a Pajelança indígena e acrescentou o espiritismo kardecista. Já a outra vertente elaborou um pouco mais os seus rituais com o culto africano, mas manteve a sincretismo católico para evitar a perseguição daquela época.

A cabula

A Cabula é um culto que antecedeu a Umbanda, conhecido por alguns como a Avó da Umbanda, foi o primeiro rito organizado que misturou a pajelança, a cultura europeia e a cultura negra da época. Com os primeiros registros mostrando o seu início em Salvador, passando pelo Espírito Santo, até finalmente chegar ao Rio de Janeiro.

Na estrutura ritualista da Cabula pode-se encontrar muitas palavras usadas hoje na Umbanda. Apesar de ser um culto que em essência não se assemelha tanto com a Umbanda, não dá para negar os seus pontos em comum. A Umbanda vive nesse momento uma recuperação desse lado de sua origem, já que graças a perseguição que esses cultos sofriam, ela acabou se desassociando desses cultos.

Cabula Bantu

Essa vertente é criada e difundida no Espírito Santo, a Cabula é um culto que sofreu muita perseguição, pelo seu caráter iniciático e fechado onde pouco se sabia o que era feito dentro do culto e por principalmente ter um lado revolucionário social, os líderes fundadores desse culto, juntavam recursos financeiros para financiar as crianças negras nas escolas, e isso incomodava a elite branca da época.

Devido a perseguição, esse culto acabou sendo recolhido para dentro dos lares de seus praticantes e se fechando ainda mais, fazendo com que ele se tornasse esquecido pela sociedade e fosse apagado da história. Porém essa tradição permanece viva com alguns praticantes que agora difundem o seu conhecimento, mostrando que o culto não foi extinto e permanece vivo até hoje.

A Macumba popular

O nome Macumba permeia o imaginário popular há décadas, quase sempre associado pejorativamente. Isso não aconteceu por acaso, essa “demonização” da palavra Macumba, se dá ao preconceito racial que permeia a classe média do Rio de Janeiro no sec. XX. No sec. XIX é possível encontrar jornais divulgando festas onde a orquestra do exército iria tocar o instrumento Macumba.

O que aconteceu para mudar essa realidade? Simples, os negros utilizavam esse instrumento em suas reuniões religiosas onde a dança era a principal forma de descarregar as energias, e essa manifestação começou a ser vista com maus olhos pelas elites da época, que não aceitavam ver aquela manifestação acontecendo, assim os mesmos jornais deram um sentido de magia negra a palavra Macumba, e esse sentido continua como verdadeiro na mente e no folclore popular.

Os rituais chamados de Macumba era uma junção da Cábulas, nas terras cariocas, que tinham as práticas mágicas reunidas do Catolicismo, do Espiritismo, da Pajelança, de culturas Árabes, Judias e Ciganas. As chamadas Macumbas tinham a característica da festa, do toque e da dança no seu ritual, sendo considerada sagrada, e um momento para descarregar as energias negativas acumuladas.

Os ritos da Umbanda

A Umbanda não inventou nada novo, ela importou práticas de diversas religiões milenares no mundo e trouxe pra dentro do seu ritual, atribuindo uma visão e fundamentos próprios. A Umbanda é uma religião monoteísta, ou seja, acredita em um único Deus, os orixás dentro da umbanda são divindades que representam os fatores de Deus, como: Fé, Amor, Conhecimento e assim por diante.

As sessões mediúnicas dentro da Umbanda são chamadas de Giras, nessas sessões acontece a louvação aos Orixás, neste momento ocorre o rito de “bater cabeça” onde os praticantes reverenciam o altar em forma de respeito. Uma outra prática comum aos terreiros é a defumação, onde através de ervas queimadas na brasa do carvão, gera uma fumaça para purificar o ambiente e as pessoas.

Toda a gira é acompanhada por “pontos cantados” que são louvações através da música, podendo ou não ser acompanhada por um instrumento (geralmente o atabaque) ou simplesmente na palma da mão. São desenhados alguns diagramas no chão com o poder de abrir portais mágicos ou para identificar o guia que está em terra, que são chamados de “pontos riscados”.

Na Umbanda também ocorre o ritual de batismo dos filhos de santo e oferendas destinadas aos guias e aos Orixás, essas oferendas tem como o objetivo agradecer por alguma bênção ou pedir a força do Orixá em sua vida. Para limpeza e cura espiritual são utilizados os passes mediúnicos e em alguns casos é feita uma sessão de descarrego, onde é retirado algum espírito que faça mal a pessoa.

As entidades ancestrais

Orixá Yemanjá.

A Umbanda em sua fundação abriu as portas para todos os espíritos que quisessem se manifestar em prol da caridade, esses espíritos através de afinidades, se reuniram em grupos chamados de linhas de trabalho, por sua vez essas linhas de trabalho assumem um arquétipo único, para identificar o grau e a maneira de atuação, assim surgiram os nomes simbólicos na Umbanda.

Esses nomes representam na energia de qual Orixá aquela linha trabalha e qual o seu campo de atuação, dentro dessas linhas foram criadas centenas de sublinhas que são chamadas de falanges. Um espírito de grau evoluído é designado para uma linha de trabalho e uma falange específica, passando a usar o nome, o jeito e as ferramentas de trabalho daquela falange, por afinidade. Conheça agora quais são essas entidades e suas principais características dentro da Umbanda.

Caboclo e Preto Velho

Os caboclos e pretos-velho são considerados as linhas de trabalho com o maior grau evolutivo da Umbanda, são espíritos de índios e negros escravos. Porém vale ressaltar que esse é um arquétipo dessas linhas, nem todo caboclo foi índio e nem todo preto velho foi escravo ou negro, mas todos os espíritos desta linha têm um alto grau evolutivo pois fazem parte da tríade da Umbanda junto com os Erês.

Caboclo e Preto Velho, são entidades fortes, sábias e detentora de grandes conhecimentos mágicos, trabalham com ervas e todos os tipos de magias, a fim de trazer entendimento a seus consulentes, curas espirituais e promover o desenvolvimento espiritual dos médiuns. São excelentes para dar conselhos e direcionamentos, são verdadeiros amigos no plano espiritual.

Pomba Gira

As Pomba Giras na Umbanda é a representação do empoderamento e da força feminina. Se apresenta como calma, alegre e divertida, mas também de forma forte, independente e autoconfiante. Por esses motivos, Pomba Gira foi vandalizada durante muito tempo por pessoas que se sentiam ameaçadas por mulheres com esse tipo de empoderamento.

São grandes companheiras e amigas, sempre dispostas a ajudar nos momentos de necessidade. Pomba Gira atua no campo emocional do ser, ajudando a ter autoestima, a lidar com suas emoções, a se preparar para momentos difíceis e claro na parte amorosa, mas ao contrário do imaginário, ela não traz ninguém de volta, ela te dá o equilíbrio emocional e assim age em você, te fazendo aceitar o que passou, equilíbrio para manter ou proporcionar coragem para conquistar algo novo.

Malandro

Os Malandros na Umbanda têm como o seu principal representante o Seu Zé Pilintra, vestido com um terno, camisa, sapato e cartola branca, o que destaca é sua gravata vermelha, homenageia o velho sambista da Lapa no Rio de Janeiro, ou o Capoeirista pelas ruas de salvador. Zé Pilintra é aquele homem, que apesar de toda a dificuldade nunca perdeu a fé em Deus e nas pessoas.

Ele te ajuda a ver a vida por um ângulo diferente, te mostra que apesar de toda a dificuldade, no fim tudo tem um jeito e que com muita fé e trabalho duro você pode conseguir superar seus desafios.
A malandragem está em ser justo, verdadeiro, e nunca abaixar a cabeça, que por mais difícil que possa estar, a alegria e fé vão te ajudar no passo a passo da sua caminhada.

Boiadeiro

A linha de Boiadeiros na Umbanda representa o povo do sertão, os vaqueiros, o homem do campo que passava dias e noites levando o gado de um lado para o outro. São sábios e poderosos limpadores do astral, lançando todo e qualquer tipo de espírito que esteja a fim de atormentar contra a Lei Divina, são leais e protetores, sempre dispostos a ajudar seus médiuns e consulentes.

Ciganos

Os Ciganos trazem o poder da estrada, do sol e da lua, não há nó que eles não desatem e nem há dor que eles são curem. É uma linha de trabalho que chegou de maneira reservada na Umbanda, se apresentando na linha de Exu e Pomba Gira, mas foram acolhidos pelo astral e pelos filhos de Umbanda e hoje tem a sua própria linha de trabalho, com seus arquétipos e fundamentos.

Sincretismo católico correspondente

Uma herança trazida para umbanda pelos cultos de nação é o sincretismo entre os Orixás e os Santos Católicos, esse Sincretismo se deu por conta do preconceito da sociedade com a cultura afro, porém até nos dias de hoje, é comum encontrar na maioria dos altares de Umbanda a imagem de santos católicos, algumas das correspondências feitas entre as culturas são:

  • Oxalá - Jesus Cristo 
  • Oxóssi - São Sebastião/São Jorge
  • Oxum - Nossa Senhora de Aparecida
  • Ogum - São Jorge/São Sebastião
  • Xangô - São João Batista
  • Obaluaiê - São Lázaro
  • Yemanjá - Nossa Senhora dos Navegantes
  • Iansã - Santa Bárbara 
  • Nanã - Sant'Ana
  • Ibeji - São Cosme e São Damião


As ramificações da Umbanda

Entidades da Umbanda.

A Umbanda aparenta ter uma resistência positiva a hierarquização, na Umbanda não existe um comando único onde é decidido tudo por todos. Ela faz questão de se manter plural, particular e acima de tudo sem o ego humano. Por isso você nunca vai encontrar dois centros de Umbanda exatamente iguais, as práticas e rituais são mudadas em seus detalhes pela individualidade.

No campo ideológico, existem algumas ramificações que explica a Umbanda de uma forma particular e reúne em seu entorno aqueles adeptos que mais se identificam, na Umbanda ninguém fica desamparado, se a forma de trabalho de um terreiro não bate com a energia do visitante ou consulente, existem diversos outros para conhecer. Conheça agora cada uma dessas ramificações e seus principais fundamentos.

Umbanda branca e demanda

O termo Umbanda Branca e demanda são usados por alguns para descrever a vertente do fundador da Umbanda Zélio Fernandino e o Caboclo das Sete Encruzilhadas, porém o nome da vertente mais aceita é Umbanda tradicional.

Já a Umbanda Branca e Demanda, seria apresentada com mais fundamentos do espiritismo da obra de Allan Kardec, foi retirada alguns elementos como o fumo, o atabaque e as bebidas, além de trabalhar com um número menor de entidades também.

Umbanda popular e Umbanda Omolocô

A Umbanda Popular e a Omolocô são duas vertentes de Umbanda que trazem consigo a ancestralidade afro. São a introdução da Umbanda nas Macumbas cariocas, no Cabulu Bantu e nos Cultos de Nação. Trazem a ritualista com tambores e trabalhos direcionados a todas as linhas de Umbanda, e a forma de se cultuar os orixás do Candomblé, além de suas vestes e hierarquia dentro dos terreiros.

Umbanda de almas e angola e Umbanda dos Cáritas

Umbanda de almas e angola traz justamente a fusão das entidades de Umbanda com a ritualística dos cultos de Alma e Angola que aconteciam nos morros cariocas. A Umbanda assumiu a função de abraçar esses cultos que se encontravam as margens da sociedade e assim como um, conseguiram ter a sua voz ouvida e perdura até hoje.

Umbanda de Caboclo, Umbanda Esotérica e Umbanda Iniciática

Essas vertentes (Umbanda de Caboclo, Umbanda Esotérica e Umbanda Iniciática), sofrem grande influência do esoterismo ocidental (e um pouco do oriental). Teve como primeira escola o Primado de Umbanda e era praticada dentro da Tenda Caboclo Mirim, trazem uma estrutura de graus iniciáticos para o desenvolvimento mediúnico, escrita por Oliveira Magno e também recebeu contribuições de Tata Tancredo e Aluizio Fontenelle, antigos escritores de Umbanda.

Umbanda sagrada

É fundamentada e praticada através dos ensinamentos passados pelo mestre Rubens Saraceni, o maior escritor de Umbanda. Rubens explica os fundamentos da Umbanda com menos fundamentos de outras religiões, ele trouxe a Teologia, a Cosmologia e a Teogonia de Umbanda de forma que até praticantes de outras vertentes usam algumas partes apresentadas por ele para explicar questões particulares da religião.

Qual a importância do Dia Nacional da Umbanda?

Praticante de Umbanda.

Esse dia já era comemorado pelos Umbandistas há muito tempo, porém ter esse dia oficializado na agenda federal trouxe um reconhecimento para a religião e foi tido como uma grande vitória entre os Umbandistas que a muito tempo eram tratados às margens da sociedade. Uma religião brasileira, que prega a igualdade e a fraternidade, sempre praticando o bem e a caridade.

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